Outro dia, li uma entrevista da Lygia Fagundes Telles, na qual ela confessava ter abandonado o computador, uma vez que este “comera o conto” que estava escrevendo. Ri comigo mesmo, “ah, essa geração dos anos 50…”. Para castigar minha empáfia, eu – que feito os construtores da Torre de Babel andei me vangloriando do meu conhecimento técnico – acabei por perder, esta semana, todo o disco rígido onde estavam diversos contos e três livros em andamento. Claro que, com a ajuda de e$peciali$ta$, irei recuperar ao menos meus arquivos de becape. Assim, engolindo em seco e assumindo uma certa humildade, resolvi deixar de lado meu Desktop e passarei a escrever o tal romance em meu novo Notebook. Veja a foto:
Meu notebook
Há algo de romântico em escrever assim. (Aliás, quase todo meu primeiro livro foi escrito num caderno espiral.) As mil e uma garatujas e rabiscos dão uma certa nostalgia e a sensação de que o caderno, digo, o netebook irá parar ao menos no museu dos meus futuros descendentes. “Olha só, coitado do biso, pensava que era escritor…”