blog do escritor yuri vieira e convidados...

Mês: junho 2005 Page 3 of 4

Fodeu!

Acabo de falar com os técnicos: nem meus arquivos de becape foram recuperados!! Embora eu tenha salvo em CD parte dos três livros que vinha escrevendo, perdi ao menos, somando todos, umas noventa páginas que escrevi recentemente, isso fora outros quinze contos – escritos em 98 e 99 para revistas da Editora Price – que demorei a encontrar e cujos disquetes não mais existem. O mais absurdo é que o computador deu pau no dia em que novamente faria um becape em CD. Ai, acho que vou pro quarto brincar de roleta russa…

Meu notebook

Outro dia, li uma entrevista da Lygia Fagundes Telles, na qual ela confessava ter abandonado o computador, uma vez que este “comera o conto” que estava escrevendo. Ri comigo mesmo, “ah, essa geração dos anos 50…”. Para castigar minha empáfia, eu – que feito os construtores da Torre de Babel andei me vangloriando do meu conhecimento técnico – acabei por perder, esta semana, todo o disco rígido onde estavam diversos contos e três livros em andamento. Claro que, com a ajuda de e$peciali$ta$, irei recuperar ao menos meus arquivos de becape. Assim, engolindo em seco e assumindo uma certa humildade, resolvi deixar de lado meu Desktop e passarei a escrever o tal romance em meu novo Notebook. Veja a foto:
Meu notebook
Há algo de romântico em escrever assim. (Aliás, quase todo meu primeiro livro foi escrito num caderno espiral.) As mil e uma garatujas e rabiscos dão uma certa nostalgia e a sensação de que o caderno, digo, o netebook irá parar ao menos no museu dos meus futuros descendentes. “Olha só, coitado do biso, pensava que era escritor…”

Sinhozinho Lula

Em vista das diatribes do Deputado Roberto Jefferson, recheadas dum coquetel de grandes omissões e terríveis verdades, decidi parafrasear uma crônica que escrevi meses atrás que descreve a mesmíssima situação com pequena variação de personagens. Para lê-la, clique aqui.

Marilene Felinto 2

A velhinha de Taubaté existe, mas ainda não é velhinha e tampouco se mudou pra Taubaté: chama-se Marilene Felinto. A figura é tão obtusa que deve ser a única a realmente acreditar na suposta grandeza do governo Lula e do PT. Os demais fãs da estrela vermelha não crêem, apenas mentem para si mesmos, para os outros ou ambos. Aliás, conheci a Marilene Felinto quando ela acreditou que faria – segundo ouvimos lá na Casa do Sol – a “entrevista do século” com a Hilda Hilst. A Hilda, porém, como conhecia a fama da figura, encheu a sala de gente – eu inclusive – e deixou sua nobreza natural ali contrastando com a alma plebéia dessa futura velhinha de Taubaté. Não rolou entrevista do século coisíssima nenhuma. Como poderia? A Hilda não é pra qualquer bico…

Romance?

Um certo Renato Pompeu está escrevendo um suposto romance eletrônico chamado O Poder Virtual. Leia algumas das entradas do blog – é isso o que o tal romance na verdade é – e me diga: onde está a literatura? Trata-se, na verdade, de um blog como outro qualquer (como este inclusive) a discorrer sobre sites e informações pescadas online. Só porque há o pretexto fictício de que é um louco internado quem navega na Internet rotula-se o tal weblog de romance. Muito engraçado. Imprima o que ali está em forma de brochura e veja se a leitura se sustenta. Duvido. Eu não sou um bom escritor, mas… puts, otário é a vovozinha.

Ubaldo e a sujeira

O Pedro Novaes acaba de me enviar o artigo de João Ubaldo Ribeiro “Fé no Brasil num boteco do Leblon“. Leia e verifique sua própria capacidade intelectiva.

Quanto a mim, após a leitura, respondi o seguinte ao meu estimado amigo:

Pedro
Como artista e egocêntrico que sou, vou me investir daquilo que nosso amigo Olavo de Carvalho [o Pedro tem ojeriza pelo Olavo, que eu admiro, daí a ironia] disse a meu respeito há quase um ano atrás ( “O Yuri escreve melhor e é mais inteligente do que todos os ubaldos e veríssimos de plantão”) para poder explicar o que é que esse ubaldo aí está fazendo. É o seguinte: se esses deputados, ministros e o Lula fossem militares, ele, Ubaldo, se indignaria até a medula. Como são “progressistas”, isto é, “o que há de melhor” (supostamente), então, conclui, não há o que fazer, o brasileiro é intrinsecamente desonesto mesmo e assim seguirá sendo enquanto brasileiro for. Enfim, tudo bobagem de quem não quer aceitar o óbvio: o ser humano, não importa onde tenha nascido, está entregue às tentações, mas pode sim vencê-las. Esse ubaldo aí está apenas tirando o corpo fora, como se não fosse também ele responsável por ludibriar meio mundo, ao afirmar, nos jornais, por anos a fio, que há uma linha política imune às tentações. Quem acreditou, burro é. Aliás, seria um princípio de inteligência aceitar tal fato. Mas como ele não é tão inteligente quanto eu, que admito ser burro (um “intelectual de merda”) e alvo de tentações…
Abração
Yuri

Tô certo ou tô errado? Pô, o João Ubaldo queria era que o PT fizesse o que tinha prometido, isto é, coisas até piores do que estão fazendo, do tipo Chaves ou Fidel. Henry Miller tinha razão: a criação literária não tem nada a ver com o pensamento…

Dicionário Etimológico

É deprimente não haver um dicionário etimológico online da língua portuguesa. Enquanto isso, vamos nos contentando com o Online Etymology Dictionary. Entre nós, a tal “democratização do conhecimento” é apenas uma figura de linguagem. E o que tem de sanguessuga nas universidades coçando o saco… puts, sem comentários.

Dora Kramer

Para quem está por fora dos últimos acontecimentos em Brasília, Dora Kramer dá um bom resumo em sua coluna de hoje. Roberto Jefferson mostrou que não dá pra confiar em nenhum engravatado de Brasília, logo, que legitimidade terá essa CPI? Tudo se passa como no filme “Os Intocáveis“, no qual Eliot Ness precisou dizer ao Juiz que também ele, Juiz, estava na lista de jurados comprados por Al Capone. Somente assim o meritíssimo aceitou trocar os jurados com os da sala ao lado, permitindo um julgamento justo. Quem na Câmara dos Deputados está limpo o suficiente para atirar a primeira pedra? Como saber quem foi e quem não foi comprado? Sim, porque nos intervalos da transmissão do depoimento de Roberto Jefferson, assistimos à propaganda do Partido Liberal, na qual seu presidente, Valdemar da Costa Neto, instava o povo a exigir providências. “A corrupção não pode continuar”, dizia ele. Fim do intervalo e vemos Jefferson respondendo ao mesmo Valdemar da Costa Neto sobre quem é que distribuía o tal dinheiro do “mensalão” no PL: ele mesmo, Valdemar. Algo me diz que as discussões de bastidores na Câmara se restringem ao sabor a ser pedido: se calabresa, se quatro-queijos, se portuguesa…

De-putados

Ficou faltando a presença do Vesgo e do “Sílvio Santos” no depoimento do Roberto Jefferson…

Alguns bons textos

Não deixe de visitar o site de Eduardo Cândido com sua ótima seleção de textos literários, filosóficos e religiosos.

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