blog do escritor yuri vieira e convidados...

Mês: fevereiro 2006 Page 1 of 14

Seleção natural

Lamento, garotas, mas não deu para resistir a esta piada pronta de loira. Será que isso explica por que há tanta ex-morena? Da Folha:

Loura surgiu para chamar atenção, sugere teoria

Para o antropólogo Peter Frost, da Universidade de St. Andrew’s, no Reino Unido, os cabelos louros surgiram da necessidade das mulheres européias por parceiros no fim da Era do Gelo, há cerca de 11 mil anos. Nas condições difíceis da época, sugere ele, muitos homens morriam caçando grandes mamíferos, o que favoreceu o surgimento de cabelos e olhos de cor clara entre as mulheres como forma de atrair parceiros. O fenômeno é conhecido como seleção sexual.

Carnaval na TV

Madrugada de carnaval cinematográfica. E eu nem havia programado nada. Bastou ir apertando o botão do controle remoto e me surpreendendo. Três bons filmes, quase simultaneamente. Todos adaptações de livros. E todos foram releituras pessoais, já que nenhuma era novidade.

E viva a Capitu!

Todo mundo que já foi forasteiro em algum lugar sabe do melindre – às vezes constante, às vezes raro, mas sempre sentido – nas relações com os locais. O famoso “choque cultural” nunca escolhe suas vítimas e, por mais que nos queiramos “descolados”, sempre experimentamos os seus conhecidos estágios: a surpresa inicial, a negação e, por último, a tentativa de adaptação.

Noutro dia, a mãe do senhorio veio expressar seu descontentamento com o estado do nosso jardim. Falava sério, com um tom de voz acima do normal para uma octogenária e com o habitual olhar sorrateiro.

Comentando o episódio com o Marc, lembrei da minha desconfiança nos olhares de soslaio(“…oblíquos e dissimulados”). Só então descobri que isso não é característica pessoal da desagradável “tia da Thatcher”, mas que é o usual por estas bandas. Que coisa! O feio aqui é encarar!!

Montaigne

Sempre adiei a leitura desse cara. Dos franceses em geral. Com excessão de Balzac, Proust e Valéry, não tenho paciência com os franceses. Flaubert também me impressionou, mas já passou. Sempre fui mais alemão nas minhas escolhas. Só que me caiu nas mãos “Montaigne em Movimento” do Starobinski. Comprei num sebo juntamente com “Hamlet – Poema Ilimitado”, do Harold Bloom, provavelmente o único intelectual pós-moderno que o Yuri gosta (é isso mesmo, leitor e admirador de Paul de Man, o papai da crítica literária pós-moderna na América).

Tremor na Chapada dos Veadeiros

Da página de notícias do portal Terra:

Tremor de terra assusta moradores em Goiás

Um tremor de terra assustou os moradores da região de Alto Paraíso, em Goiás, na madrugada de sexta-feira. O tremor que atingiu 2,6 graus na escala Richter ocorreu às 4h42 e acordou grande parte dos habitantes com um forte estalo.

Instituto Millenium

Eu ainda não conhecia o ótimo Instituto Millenium. Veja qual é sua missão.

Garoto propaganda

Acho que vou virar garoto propaganda do Voice Changer, saca?, aquele programa que é uma beleza pra se usar junto com o Messenger, Skype e Google Talk. (Com o SkypeOut então, que permite ligar do PC pra qualquer telefone ou celular do planeta, a diversão fica ainda melhor.) Minha voz predileta é a do hobbit. Já coloquei aqui minha ligação pra Espanha. Agora, ouça só eu convidando o Paulo Paiva, colaborador deste blog, para uma cerveja:

  • Hobbit liga pro Paulo Paiva.
  • [audio:http://blog.karaloka.net/wp-content/uploads/2006/02/paulo_cerveja.mp3]

Adoniran Barbosa e Hilda Hilst

Acho que foi o compositor José Antônio de Almeida Prado quem apareceu, lá na Casa do Sol, em 1999, com uma fita trazendo duas músicas do Adoniran Barbosa sobre letras da Hilda. Como eu estava acrescentando conteúdo ao site dela, fiz uma dessas gambiarras para poder conectar um walkman ao meu então 486DX100 e passar trechos das canções para .wav, que ainda se encontram por lá. Só estou falando disso porque, ainda hoje, muita gente se espanta quando digo que rolou uma parceria do Adoniran com a Hilda. Incluindo aí a surpresa do nosso colaborador Ronaldo Roque.

Para quem quiser ouvir as músicas, agora em mp3, eis os links. A primeira se chama “Quando te achei” e a outra “Só tenho a ti”. (Isto é para ajudar a divulgar, hem, Zé.)

  • Interpretada por Elza Laranjeira:
  • [audio:http://blog.karaloka.net/wp-content/uploads/2006/02/adoniranhh1.mp3]
  • Interpretada pelo próprio Adoniran:
  • [audio:http://blog.karaloka.net/wp-content/uploads/2006/02/adoniranhh2.mp3]

Mr. Porter

“Ev’ry time we say goodbye, I die a little” é um dos mais genialmente tristes versos que conheço. Lembro de, garoto, acompanhar meu pai ouvindo a canção na voz de Sarah Vaughn. Como aquilo parecia triste! Depois, mais tarde, ouvi com Ella Fitzgerald, mais suave, mas não menos bela.

Outros versos belos e, talvez, mais conhecidos: “Night and day, you are the one/Only you beneath the moon or under the sun/ Whether near to me, or far/ It’s no matter darling where you are/I think of you/Day and night”. Desses todos devem se lembrar com o Frank. São mesmo poeticamente obsessivos, não?

Tudo isso porque acabei de assitir a De-Lovely, filme que mostra a biografia do autor dos versos.

De celebridades e macarrões

Ai, ai. Vou parar de falar de política. Só farei posts agora sobre culinária e a vida das celebridades.

Quem viu que a Cleo Pires e o namorado aprontaram um barraco no show do U2 e foram parar na Delegacia?

Pronto, assim ninguém precisa se preocupar se sou de direita ou esquerda.

Agora, falando sério, macarrão é um negócio de outro mundo,não? Eu se pudesse comia todos os dias. Acontece que, como observa a Juliana, minha mulher, por se tratar de coisa tão boa, a gente acaba se acomodando um pouco nos mesmos pratos. Afinal, para mim, não existe combinação mais perfeita que uma massa e um belo molho sugo, feito com muito alho e pimenta calabreza.

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