Já aviso. Este será um post politicamente incorreto. Portanto, se você se importar com isso, por favor não o leia.

Muitos anos atrás, vi numa nota de jornal o que considerava a morte mais estúpida até então. Uma pessoa estava caminhando pela praia, na Austrália, quando uma prancha trazida por uma ventania acertou sua cabeça. Que jeito de morrer, não?

Mas, mais tarde, descobri mortes bem mais imbecis. Foi num domingo calmo de plantão — acho que faz uns dois anos —, quando uma repórter de ciências me mostrou um site genial. Chama-se Darwin Awards. É engraçadíssimo. A proposta é “homenagear”, em nome do pai da evolução, aquelas pessoas que contribuíram para melhorar o “banco genético mundial” ao se eliminar dele. Não entendeu, né? O prêmio vai para a morte mais estúpida que se conseguir descobrir, causada pela própria vítima. Ou seja, matando-se, o imbecil em questão retira seus estúpidos genes do banco. Uma grande contribuição para a evolução da humanidade.

O vencedor de 2005, por exemplo, foi um sujeito que se embebedou e, vendo que seu estoque alcóolico estava baixo, acusou o vizinho de roubá-lo — ele mesmo não poderia ser o responsável por isso, claro. O cara ameaçou o vizinho, mas nada conseguiu. Resolveu então forjar uma agressão para culpá-lo. Desferiu uma facada contra o próprio peito. Como o golpe não pareceu muito perigoso, deu outro. Esse sim foi perigoso o bastante. Atingiu seu coração. Ele morreu dois minutos depois. E, ainda por cima, além de uma pessoa ter visto o fato, testemunhando à polícia que ele próprio havia se esfaqueado, o vizinho nem estava em casa na hora de tudo.

No site há vários outros casos. Cada um mais engraçado que o outro.

Aqui no Brasil, o que não falta são imbecis que se matam. Umas duas semanas atrás, quando o Rio foi castigado por um supertemporal, um garoto de 16 anos, que estava bem protegido em casa, resolveu surfar na enxurrada. Seu corpo foi encontrado dois dias depois.

Bem, eu me lembrei de tudo isso por causa de uma nota que li hoje no Portal Estadão. Aqui vai:

A polícia de Maringá descartou nesta terça o envolvimento do marido na morte de sua mulher, de 29 anos, por asfixia. Ela morreu junto com seu amante, um policial civil, de 46 anos. Os corpos dos dois foram encontrados dentro de um carro estacionado na garagem de um motel da cidade do norte do Paraná. O policial era casado e, assim como a amante, tinha dois filhos. Os corpos foram encontrados na manhã de sábado. O casal havia chegado ao motel por volta das 14 horas de sexta-feira e, em vez utilizar o quarto que havia alugado, preferiu fazer amor no banco traseiro do veículo do policial. Como fazia calor, deixaram o motor do carro ligado para que o ar-condicionado pudesse ser acionado, cobriram o veículo com um edredom e taparam os vidros laterais com os tapetes de borracha. A porta da garagem estava fechada. Os dois morreram asfixiados por monóxido de carbono poucos minutos depois de o motor ter sido acionado, suspeita a polícia. A eventual participação do marido está temporariamente descartada porque, de acordo com a polícia, ao ser informado que sua esposa fora encontrada morta num motel, ele teve um ataque de raiva. A identidade dele não foi revelada.

Pena não haver políticos se matando no Brasil…