blog do escritor yuri vieira e convidados...

Mês: abril 2006 Page 3 of 10

Sonetos

Um dos meus sonetos, o Soneto Psicose, está classificado na 19ª posição entre os preferidos dos internautas na categoria “sonetos interessantes” do site Sonetos.com.br, que contém, no total, 9093 sonetos. Nada mau, né. (Bem, ruim mesmo só meus sonetos…)

Roberto Weil

Encontrei o site do ilustrador e cartunista venezuelano Roberto Weil através do blog Nota Latina. Nesses dois desenhos ele mostra o que está ocorrendo na Venezuela atualmente: manipulação e opressão.

Manipulación
Bota do tirano

Aliás, parece que a América Latina está mesmo tentando reciclar, na prática, o conceito de “efeito dominó”. Cruzes! Sai de retro, Lula!

Entre Nagasaki, Chernobyl e a Rua 57 em Goiânia

Completam-se hoje 20 anos do maior acidente nuclear da história, a explosão do reator da Usina de Chernobyl, na Ucrânia, à época parte da URSS. Pouco mais de um ano depois, deflagrava-se o maior acidente radiativo já ocorrido no Brasil e quiçá também um dos maiores do mundo: a tragédia latino-americana do Césio 137, em que catadores de sucata romperam a cápsula com material radiativo de um aparelho radiológico abandonado, levando à morte de quatro pessoas e à contaminação de milhares de outras bem aqui, a alguns quilômetros da minha casa.

Vinte anos depois, a humanidade se vê às voltas com a possibilidade da retomada da opção nuclear e de nova corrida armamentista. Aquela para a geração de energia, em função do aquecimento global fomentado pela queima dos combustíveis fósseis; esta, em função da loucura fundamentalista.

O dia enseja uma reflexão. Por isso, acho que vale publicar um texto meu escrito há cerca de um ano e meio atrás, após um passeio de bicicleta passando pela famigerada Rua 57 num feriado de finados. Assim como vale à pena assistir ao filme The Last Atomic Bomb, do americano Robert Richter, sobre as vítimas da bomba atômica de Nagasaki, um triste e bonito manifesto pelo fim das armas nucleares, selecionado para o VIII Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental, que acontecerá entre 6 e 11 de junho na Cidade de Goiás (GO) (há uma cena
muito impressionante do encontro e diálogo entre um sobrevivente de campo de concentração nazista e uma velhinha japonesa sobrevivente da bomba de Nagasaki – de arrepiar).

VIAGEM URBANA NO DIA DE MORTOS
(Texto escrito em dezembro de 2004)
Neste feriado de mortos, tive uma viagem urbana.
Tenho duas pessoas que moram dentro de mim. Por isso, gosto da cidade, da urbanidade, assim como gosto do mato. Sou cético e, ao mesmo tempo, profundamente esperançoso.
Duas coisas me atraem na cidade: a decadência em toda a sua humanidade, assim como a humanidade em toda a sua decadência.

Três Filmes

Antes de mais nada, desculpas pelo sumiço. A vida está uma doideira, mas espera-se, breve, uma diminuição do ritmo após importantes decisões.
Queria brevemente comentar alguns filmes, dois brasileiros e um quase, em diferentes momentos de vida.
Esta semana, tenho a oportunidade de fazer uma espetacular oficina de preparação de atores com o Sérgio Penna, o mais requisitado preparador de elenco do cinema brasileiro, responsável por filmes incríveis como Bicho de Sete Cabeças, de Laís Bodansky, e Contra Todos, de Roberto Moreira.

Os Sapos de Ontem

Bruno Tolentino

Bruno Tolentino possui elevada ao extremo aquela qualidade escorpiana típica: a capacidade de desaparecer do mapa. É mestre nisso. Quando convivemos por cerca de seis meses, lá na Casa do Sol, eu já sabia que, ao menos aqui no planeta Urântia, seria difícil reencontrá-lo num futuro próximo. E isto simplesmente porque nosso encontro se deu quando ambos estávamos “desaparecidos” na casa da então “obscena” (fora de cena) Senhora H. Logo, não irei recorrer a meus contatos apenas para chatear o cara com a perguntinha: Bruno, além de repassá-lo a meus amigos, posso também divulgar o Prólogo do livro Os Sapos de Ontem na internet? Sei que ele não se incomodaria nem um pouquinho. Saudade das nossas conversas, master!

Baixe o arquivo em PDF do Prólogo do livro onde Bruno Tolentino mata a cobra poética dos irmãos Campos e, em seguida, mostra o pau.

Escreveu Haroldo de Campos:

“Com mais de 40 anos de atividade poética, e mais de 40 livros publicados, dois terços dos quais dedicados à tradução de poesia, tenho bagagem literária abismalmente superior à do desprezível e obscuro articulista, meu desafeto, um salta-pocinhas internacional, tolo, doente e cretino, ou numa só palavra-valise: Tolentino!”

Respondeu Bruno, citando de cara a rainha Vitória:

“We are not impressed. Se nos ativermos ao vernáculo de tantos fascículos, a nudez do sapo-rei é apenas cômica. Se nos estendermos à leitura competente das línguas que anuncia conhecer, a coisa é mais séria, é uma indigente intrujice que não passaria no exame vestibular de Oxford.”

E Bruno, que além de ter sido professor em Oxford também publicou livros escritos originalmente em francês, italiano e inglês, passa o restante do livro desmontando as bobagens dos nossos literatos. Como diz a capa: é pau puro!

P.S.: Conheci o Tolentino no dia do meu aniversário de 28 anos, lá na casa da Hilda Hilst, em Campinas-SP. Rodrigo Fiume, nosso colaborador aqui no Garganta, estava presente e inclusive deu carona até São Paulo para o Bruno. Claro, isso depois de ter feito uma foto minha abraçado ao mesmo tempo com Hilda Hilst e Bruno Tolentino, dois dos maiores poetas brasileiros do final do século XX. Pena que ele e Dante perderam esse filme… (Meu lado fútil ainda não esqueceu disso, Rodrigo.) =B^/

O Escudo de Armas da Venezuela

Publiquei recentemente um artigo sobre o Escudo de Armas da Venezuela – O “ato-falho junguiano” de Hugo Chávez – que mostrava suas três diferentes versões: o antigo Escudo, o atual e o futuro. Eu só não tinha visto ainda esse aí ao lado, criado por Hugo Chávez, que não é senão o atual, mas sob a ação de raios X. Acredite: à semelhança de seu vizinho, ainda é possível ao Brasil ficar muito pior.

Fonte: Uncyclopedia.

Aprenda mais sobre o Brasil

Nada como encontrar um verbete sobre o Brasil, numa enciclopédia online, totalmente fiel à realidade. (Há uma versão em português menos completa.) As bandeiras são impagáveis: a antiga com a Estrela da Morte e a atual com o Allan Greenspan.

Sobre nossos políticos (em português, mais abaixo):

Brazilian politicians can only be killed with stakes, holy water or exorcisms from the Pope himself. The most popular theory is that they are Sauron’s orcs under disguise, while some favor the idea that they are in fact Dracula’s poor couisins enjoying a retirement in a tropical country. Support for the latter comes from the fact that famed politician-dark-wizard Ioseph Dircaeus has been seen riding a Nazgul in the sky. His natural enemies are old men with canes and men abused by their wives (i.e. Jefferson); who also tend not to like orcs. IQ tests and their physical appearance support both theories.

[Políticos brasileiros podem ser mortos apenas com estacas, água benta e exorcismos executados pelo próprio Papa. A teoria mais popular é a de que eles são ogros (orcs) de Sauron sob disfarce, enquanto outras são favoráveis à idéia de que eles são de fato primos pobres do Drácula desfrutando um retiro num país tropical. Em apoio à mais recente vem o fato de que o político-mago-negro Ioseph Dircaeus (José Dirceu) foi visto nos céus montando um Nazgul. Seus inimigos naturais são velhos com bengalas e homens maltratados por suas esposas (i.e. Jefferson), que também tendem a não gostar de ogros. Testes de QI e suas aparências físicas sustentam ambas as teorias.]

Sobre o povo:

Brazilians are extremely dumb. They really are. As an example demonstrating such dumbness, when they are told that they are dumb, they answer that they are dumb because they are poor. That is, not only do they confirm that they are dumb, but they also criticize themselves saying that they are poor. However, Brazilians are not total suckers, because they’ve had the luck to have the same nationality as God.

[Brasileiros são extremamente estúpidos. De fato o são. Para exemplificar tal estupidez, quando lhes dizem que são estúpidos, eles respondem que são estúpidos porque são pobres. Isto é, não apenas confirmam que são estúpidos, mas ainda criticam a si mesmos dizendo que são pobres. Entretanto, brasileiros não são totalmente imbecis (suckers), porque afinal têm a sorte de possuir a mesma nacionalidade que Deus.]

Vá ao site e leia o resto, que é muuuito engraçado.

(Dica do Cláudio, do blog De Gustibus…)

Eu e o sem-fim

Cinco

[1][2][3][4]

Ouviu a música com espanto, à espera de sua fonte. Aguardou, quieto, ainda afastado, e ouviu o seu fim. Veio o silêncio, a expectativa. Do portal, em vez da melodia, partiam batidas ritmadas, secas. Uma a uma, mais e mais rápidas, mais e mais próximas, uma para cada vida de seu peito. Uma a uma, passo a passo, foram se aproximando até por fim pararem.

Olhos fixos à frente, o peito vivo a tornar-se tenso, viu grossos dedos tocarem o portal e em seguida os olhos brilhantes. Yuri olhou para baixo e viu as batidas.

Dia Mundial do Livro

É tão estranho, ao menos para mim, um “dia mundial do livro” quanto um “dia da mulher”, mas tudo bem, vamos às homenagens: seguem sete vídeos cujo tema principal é o Livro…

Neste primeiro, alguns livros raros à venda no site Raridades.com:

Neste, um vendedor de enciclopédias à la Muppet Show – que só sabe perguntar se o possível freguês tem “filhos em idade escolar” – acaba é comprando luvas, TV e até um carro do seu interlocutor.

Aqui, um protótipo de “estante eletrônica” para ebooks, isto é, um possível novo periférico para seu PC.

A palavra mais bela em castelhano

Hoje, Dia Mundial do Livro, ao fim da enquete da Escuela de Escritores de Madrid, que indagava qual o vocábulo mais belo do idioma castelhano, saiu vencedora a palavra Amor. Votaram 47.057 internautas. Embora o critério dos eleitores tenha se fixado mais no significado que na fonética, não deixa de ser interessante essa escolha duma palavra que também vive no português.

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