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O Festival de Literatura do Second Life

No Primeiro Festival Literário do Second Life, entre outras pessoas, conheci Jeremy Neumann, avatar de Jeremy Ettinghausen, editor da afamada Penguin Books, de Londres, a primeira editora a criar seu QG virtual no SL. Para meu azar, escrevo apenas neste, como dizia a Hilda Hilst, código secreto que é a bela (sem ironia, é bela mesmo) língua portuguesa. (Mas que é secreta, ah, isso é.) Enfim, encontrei o figura, que me pediu uma cópia do meu livro, e eu, sem nenhuma tradução d’A Tragicomédia Acadêmica para lhe apresentar… Se eu conseguisse falar com o Bruno Tolentino, que foi professor de literatura em Essex, e que gostou desse meu primeiro livro, talvez… ah, deixa pra lá.

Olha aí (acima) a foto do Jeremy feita logo após a palestra do Will Fresse, avatar de Will Francis, agente literário que trabalhou junto à Random House e atualmente está na Greene & Heaton. (Ótima palestra por sinal.) A todos eles, incluindo aí o Fleet Goldenberg, o Erik Gordon Bainbridge e a Dee Dwi – falarei deles em outra oportunidade -, presenteei com a camiseta que fiz usando a imagem de um Dostoiévski apaixonado, isso na frente, e o endereço Karaloka.net, nas costas. (Não é por falta de marketing que eu não me dou bem. É por pura indisciplina e, principalmente, por interferência negativa dos Illuminati, hehehe.) Infelizmente não pude assistir à palestra da Coelacanth Seurat, a respeito de bibliofilia, e do Atrus Blackthorne, sobre o trabalho de escritor freelancer, pois foram simultâneas a outras palestras. (Leia sobre a programação do Festival aqui.)

Veja mais algumas fotos do Primeiro Festival de Literatura do Second Life:

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Esse aí abaixo é o Frictionless Surface (trocadilho mais esquisito), definitivamente o escritor de avatar mais excêntrico que apareceu por lá.

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E esse é o Will Fresse, durante sua palestra sobre o mercado livreiro e a profissão de agente literário.

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Eu estou sentando no chão ao fundo:

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Já nessa outra imagem, eu sou o vulto à direita:

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Outra visão geral, com os nomes dos participantes:

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Este é o Fleet Goldenberg, que falou a respeito de marketing literário e, sendo diretor da Squirrelverse, estava convenientemente fantasiado de esquilo. (Um esquilo meio Jornada nas Estrelas, mas, enfim, um esquilo.) É preciso lembrar que a baixa qualidade das imagens se deve à placa de vídeo fraquinha do meu laptop e não ao próprio Second Life.

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Esse aí (abaixo) é o Patrick Lichty/Man Machinga, que falou sobre as possíveis relações da literatura com o mundo digital, incluindo aí vídeo-games e o próprio Second Life. O cara é professor de Interactive Media and Media Theory no Columbia College Chicago e editor executivo da Intelligent Agent Magazine. (Alguém aí sabe se isso tudo vale alguma coisa? A única idéia nova que passou por minha mente durante essa palestra foi “pô, eu bem poderia ser professor disso aí”, afinal, nada que eu nunca tivesse pensado antes, apesar dos “oh” e dos “ah” da platéia. Porra, mundo virtual é imitação do mundo astral, caralho. Qual a novidade? Mesmo quem não acredita em plano astral pode pegar um livro sobre o assunto e extrair dali todas as possibilidades. Bits, bytes, servidores, HDs e etc. são mero detalhe instrumental. Mas os sábios, em geral, são tão preconceituosos…)

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Essa (abaixo) é a Dee Dwi que falou sobre o processo criativo e como se esquivar do bloqueio de escritor. Claro, usou aquela teoria dos dois lados do cérebro, bastante interessante por sinal, mas, segundo já li noutro lugar, falha. E sua apresentação ainda teve Power Point. (O mais engraçado foi dar uma olhada rápida no perfil dela e descobrir que faz parte de grupos de bondage, S&M e taradices do gênero. Claro que cliquei “control+alt+t” para ressaltar os scripts e vê-los todos em vermelho. Explico: alguns objetos do Second Life podem apresentar propriedades não tão óbvias e por isso tem scripts embutidos, em geral para animação. A professora Dwi, por exemplo, tinha scripts nos seios, na bunda e na xixoquinha, como diria a Lori Lamby. E eu nem me lembrei de levar uma maçã pra figura…)

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O Power Point da professora.

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O púbico, digo, o público:

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Já a figura abaixo é a Garret Bakalava, correspondente do site Second Life News Network, nossa única concorrente no evento.

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E, finalizando, para deleite dos colaboradores deste blog, eis a foto de um certo visitante assíduo deste site – um já amigo nosso, comentador freqüente – que apareceu no meio da palestra com um corpo feminino. Ri tanto do cara que ele até tentou dar uma masculinizada no avatar. Bem, isso aí foi o máximo que conseguiu:

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É isso. Oportunamente comentarei o conteúdo das palestras. Felizmente a área escolhida não tinha sistema de som – como muitas têm – e os caras tiveram de digitar para comunicar-se. Sorte do meu inglês. Azar da ‘LER’ deles.

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2 Comments

  1. Vin

    Pô, Yuri, não curtiu meu modelito traveco-politizado? Dessa minha (sua) babylook “Fora Lula”?

    Fiquei mais perdido que cego em tiroteio nesse SL. Mas foi bacana dar uns rolê contigo por lá. Fora minhas mancadas de conversar contigo no aberto em plena palestra e de ficar preso dentro da concessionária volkswagen do SL, tudo correu na mais perfeita ordem.

    Abração!

    Aliás, até agora não consegui me desfazer do avatar traveco. Até me confundiram lá no Sexy’s Club, veja aqui.

  2. Paulo Paiva

    Yuri,

    Esse seu post tem muito a ver com uma conversa entre eu, o Pedro e a Andréa ontem, sobre se o Second Life é ou não uma simulação da “vida real”. Eu defendi que sim, os outros dois que não… Tanto acho que é uma simulação, que ainda não entrei por receio de não sair. (Ainda mais vendo tantas potencialidades – imagina só palestras sem restrições de tamanho da audiência e distância do palestrante?).

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