blog do escritor yuri vieira e convidados...

Autor: pedro novaes Page 9 of 33

Giannetti e Aquecimento Global no Roda Viva

Por falar em Eduardo Giannetti, ele é um dos convidados do Roda Viva especial de hoje, sobre o tema do aquecimento global, discutindo o recente relatório do IPCC – Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas -, que traz asserções muito sérias sobre o fenômeno e as mudanças climáticas relacionadas. Além de Gianetti, participam da discussão:

* Marcelo Furtado, diretor de Campanhas do Greenpeace;

* Washington Novaes, jornalista, colunista do jornal O Estado de S. Paulo e supervisor do quadro Biodiversidade do programa Repórter Eco, da TV Cultura;

* Paulo Artaxo, professor do Instituto de Física da USP e membro do IPCC;

* José Antonio Marengo, pesquisador climatologista do CPTEC INPE – Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais;

* Horácio Lafer Piva, presidente da Associação Brasileira de Celulose e Papel;

Apresentação: Paulo Markun.

A partir das 22:30h, na TV Cultura e Rede Pública de Televisão.

Recursos Humanos

Diz que o Lula, passando por Buenos Aires, foi tomar um chá com o Kirchner.

Intrigado com os números da economia argentina, em agressiva recuperação debois da bancarrota em 2000, nosso presidente pergunta a Kirchner o segredo de suas políticas.

Kirchner responde que a fórmula do sucesso está em uma equipe altamente qualificada escolhida a dedo.

“E como vofê escolhe?”

“Fazendo as perguntas certas, Lula”, responde o presidente argentino, e continua: “Permita-me demonstrar”.

Kirchner pega o telefone e disca para Felisa Miceli, Ministra da Economia:

“Felisa, seu pai e sua mãe têm uma criança que não é sua irmã, nem seu irmão. Quem é essa criança?”, ele pergunta.

“Sou eu, claro, senhor presidente”, ela responde de imediato.

Kirchner desliga e se volta para Lula:

“Viu?”

Impressionado, Lula volta ao Brasil decidido a aplicar o método à sua própria equipe. Chegando ao Planalto, disca imediatamente para Guido Mantega e tasca a pergunta:

“Guido, feu pai e fua mãe têm uma criança que não é nem feu irmão, nem fua irmã. Quem é efa crianfa?”

Silêncio do outro lado da linha. Guido pensa, pensa e, não encontrando a resposta, pergunta ao presidente se pode lhe retornar mais tarde.

Ele imediatamente convoca uma reunião com todos os seus assessores e ainda alguns parlamentares aliados, que se debruçam durante várias horas sobre a questão sem conseguir achar resposta.

Derrotado, Mantega faz uma última tentativa:

“Vamos pedir ajuda ao Frei Betto!”

Ao telefone, o Ministro repete a pergunta ao ex-assessor da presidência que, de imediato, responde:

“Ora, sou eu, é claro!”

Entusiasmado e aliviado, Mantega telefona para Lula:

“Senhor Presidente, eu já tenho a resposta!”

“Quem é a crianfa, então, Mantega?”

“É o Frei Betto, senhor presidente!”

Ao que Lula retruca:

“Dã, errado, feu burro! É a Felisa Miceli.”

Sundance Independente?

Para o New York Times, já se foi o tempo em que o Festival de Sundance tinha algo de cinema independente.

Any Little Gems? Who Cares? Sundance Is a Hot Brand Now

By MANOHLA DARGIS

Before it was a brand, a media circus and an adjunct of Hollywood, the Sundance Film Festival was exhilarating, a blast. It was also small.

In 1993, the first year I attended the festival, it showed 71 new features culled from more than 350 submissions and attracted some 5,000 attendees. That year Robert Redford told Variety that the festival, then in its ninth year, was putting the brakes on growth because “when you start expanding on something, you run the risk of losing quality.” That was then, this is now: This year, the festival presented 125 features (from 3,287 submissions) for an estimated audience of 52,000, including some 1,000 accredited journalists from around the world and 900 registered film industry types.

Flor no Pântano

Zé Eli da Veiga, na Folha de hoje, vê a candidatura de Gustavo Fruet à presidência da Câmera como um sinal auspicioso para a política brasileira:

Flor no pântano

JOSÉ ELI DA VEIGA

A vacilação tucana na eleição do presidente da Câmara foi mais um sinal de que uma “economia política do possível” vai se impondo

NADA DE melhor brotou na Câmara dos Deputados nos últimos anos do que a candidatura do paranaense Gustavo Fruet. Verdadeira flor no pântano. Principalmente porque obrigou os dois candidatos de São Paulo a responderem questões que prefeririam manter sob os imensos carpetes palacianos.
Serão dignos de louvor, portanto, os deputados que efetivamente apoiarem essa alternativa renovadora, a começar por seus companheiros de partido.

Corrupção no Brasil vence Sundance

Adivinhem quem deu show no Festival de Cinema de Sundance, maior palco do cinema independente mundial? Brasil nas cabeças! Mas não, o documentário “Manda Bala”, grande vencedor da competição oficial, não é made in Brazil. Trata-se de um filme americano, dirigido por Jason Kohn, cujo tema é a corrupção e violência em nosso país.

No release do Festival, “Manda Bala” é resumido assim: “No Brasil, conhecido como um dos países mais corruptos e violentos do mundo, MANDA BALA acompanha um político que utiliza uma fazenda de criação de rãs para roubas bilhões de dólares, um empresário rico que gasta uma pequena fortuna para blindar seus carros, e um cirurgião plástico que reconstrói as orelhas mutiladas de vítimas de sequestro.”

Esperemos que Jader Barbalho, neo-aliado petista, permita que chegue por aqui. Evidentemente, além das tentativas de censura de praxe, veremos campanhas e correntes de email pela Internet protestando e convocando um boicote nacionalista ao documentário, como recentemente com o filme B “Turistas”, em que um grupo de jovens recém chegado ao Brasil, atraído pela malemolência de nosso povo e pela tropicalidade, acaba caindo nas mãos de traficantes de órgãos. Afinal, como se sabe a violência e a corrupção são invenções da mídia e de uma conspiração da direita.

Os outros prêmios de Sundance ficaram com PADRE NUESTRO, dirigido por Christopher Zalla, que levou o Grande Prêmio do Júri para filme dramático; o Prêmio do Júri para o Cinema Mundial na categoria documentário foi para ENEMIES OF HAPPINESS (VORES LYKKES FJENDER), filme dinamarquês, dirigido por Eva Mulvad e Anja Al Erhayem; na categoria drama, o vencedor do prêmio equivalente foi o israelense SWEET MUD (ADAMA MESHUGAAT), dirigido por Dror Shaul.

São filmes para prestar atenção e não deixar passar se/quando estrearem por aqui.

Babel e Crash: gêmeos siameses

Babel

Babel, o filme do mexicano Alejandro Iñarritu, vai ganhar o Oscar de melhor filme. Vai ganhar porque é irmão siamês de “Crash”, o filme de Paul Haggis, premiado com o Oscar de melhor filme no ano passado. A única diferença entre os dois é a de que as histórias entrelaçadas de pessoas relativamente comuns de diferentes origens étnicas e sociais, em Crash, têm apenas Los Angeles como locação, enquanto as tramas de Babel se desenrolam em quatro diferentes países: Estados Unidos, México, Marrocos e Japão. No mais, são filmes quase idênticos em conteúdo e que, mais importante para a premiação, fazem uma crítica à sociedade contemporânea e à cultura americana no limite do que Hollywood e a própria cultura americana já estão preparadas para suportar. Nenhum dos dois é um milímetro mais contundente do que aquilo que pode ser digerido.
Os pontos de vista de ambos podem ser qualificados como uma espécie de “niilismo com limites” ou “niilismo com uma ponta de esperança”.

Os Efeitos Colaterais da Alta Definição

Com a adoção em escala crescente das tecnologias de vídeo e TV de alta definição, quem anda sofrendo um efeito colateral inesperado é a indústria pornô, noticia o New York Times de hoje. O problema é que a riqueza de detalhes e a perfeição das imagens acaba revelando de forma indesejada as imperfeições físicas dos atores: cicatrizes, rugas, celulite, estrias, etc. Além de intensificar o tempo de academia das estrelas, várias técnicas de filmagem e pós-produção já estão sendo desenvolvidas para contornar o problema.

Crime Canhestro

Crime

Eu ainda não tinha assistido a “Crime Delicado”, filme de Beto Brant. Depois de “O Invasor”, um dos melhores filmes brasileiros já feitos, e de “Ação entre Amigos”, que não chega à altura do primeiro, mas também é um ótimo filme, a expectativa era grande. Além disso, me chamou a atenção o fato inusitado de faltar uma perna à personagem central e, mais ainda, de que esta era representada por uma atriz estreante que de fato não tem uma das pernas – Lilian Taublib.
Infelizmente, o resultado é decepcionante.
Curiosamente, entretanto, uma pesquisa no Google me deixa virtualmente sozinho nesta opinião. A crítica adorou o filme. José Geraldo couto afirmou tratar-se de um filme “esplêndido, radical, único”. A Bravo disse que “se já era uma figura ímpar no cenário do cinema nacional por seus filmes anteriores, com Crime Delicado ele [Beto Brant] se firma como o cineasta mais ousado da nova geração”. E, finalmente, para a Revista Contracampo “desde Morte em Veneza, as ligações entre visão de arte e ideal de perfeição física não se friccionavam de forma tão instigante, não curto-circuitavam as relações de desejo e representação de forma tão letal” (???), finalizando com a constatação de que “uma tal entrega, só dá a constatar que estamos diante de um cineasta em plena maturidade.”

Sundance Bombando

O Festival de Sundance, maior referência do cinema independente mundial, está bombando na cidade de Park City, Utah, entre 19 e 29 deste mês.
Para conhecer os filmes em competição e ler críticas sobre aqueles exibidos, a Internet Movie Database mantém um guia e um blog sobre Sundance.

Depois da Pantera

“Como manter um nível saudável de insanidade”, novo curta de Mariana Bastos e Rafael Gomes, diretores do aclamado “Tapa na Pantera”.

Page 9 of 33

Desenvolvido em WordPress & Tema por Anders Norén