Nada me soa mais estranho do que o fundamentalismo islâmico. Todo o meu contato com o mundo muçulmano sempre me mostrou o oposto do que esses loucos professam e fazem. É verdade que, por outro lado, nunca estive em um país de maioria islâmica, e portanto minha experiência tem algo de limitada. Mas conheci muitos muçulmanos de diversas nacionalidades – paquistaneses, indianos, nigerianos, palestinos, indonésios, egípcios, sudaneses, iranianos, sauditas, marroquinos, tunisianos, entre outros – e tenho uma imagem dessa gente como afetuosa, humana, alegre e tolerante.
O filme até que é bom, mas temos que reconhecer que O Segredo de Brokeback Mountain é um plágio descarado. Afinal, há alguns anos, o Brasil já tem um famoso casal de cowboys gays – Rocky e Hudson – nas tiras de Adão Iturrusgarai. No rústico mundo do Velho Oeste, eles tiveram a coragem de sair do armário muito antes de Ennis e Jack, personagens do filme de Ang Lee, vencedor do Leão de Ouro em Veneza e sério candidato ao Oscar de melhor filme.
Vai, o filme é bom, mas também não é nada demais. Que é legal abrir os armários do Texas e do Wyoming, isso é. Podíamos, quem sabe, fazer uma versão nacional ambientada em Goiânia…
Era final de tarde e o sol se punha lento e sanguíneo na borda da árida planície. Sua luz, difundida pela densa carga de poeira no ar – era setembro e não chovia há meses –, tingia de vermelho o remanso preguiçoso do Velho Chico.
Domingos, acocorado atrás de um grande cupinzeiro, com o trapo amarelado de blusa que cobria seu tronco empapado de suor, fumava e esperava ansioso que Josina aparecesse. Pelos rasgos do tecido, entreviam-se as quelóides de anos de sovas no pelourinho. O feitor era homem de intuição forte, trabalhara nas Minas Gerais, comandando manadas de escravos que se contavam aos milhares, e conhecia melhor que ninguém um negro rebelde. Sabia que Domingos tentaria fugir, mais hora menos hora, e não se cansava de amarrá-lo ao tronco e chicoteá-lo por qualquer motivo.
Escreveu Lin Yutang, em 1938, n’A Importância de Viver:
“A minha idéia de um bom magazine é esta: uma reunião quinzenal de bons conversadores, para deixá-los falar uns com os outros, por uma ou duas horas. Os “leitores” escutariam essas conversas. Depois disto, iria o leitor para a cama e, na manhã seguinte, ao acordar para os seus deveres cotidianos, sentiria, ainda persistente junto às suas faces, o sabor da conversa da noite passada”.
E esses meus amigos teimando em não realizar nosso podcast com debates, isto é, um… “cueca apertada”.
A internet é mesmo espantosa. Num dia vc escreve sobre alguém e menos de uma semana depois – graças ao Google, lógico – esse alguém bate em suas portas virtuais. Isso aconteceu uma vez quando meti o pau no horrendo show dos irmãos Caruso, um a que assisti no Teatro Nacional de Brasília ainda antes da eleição do ex-iluminado Lula. (Tão iluminado quanto o filho do Jack Nicholson naquele filme homônimo. A diferença é que Lula não consegue mais conversar com o dedo – redrum! redrum! – que fugiu por achá-lo muito chato.) Pouco depois a mulher dum deles (falo ainda dos irmãos Caruso) encontrou meu texto na net e veio toda magoada tirar satisfação. Uê, que é que eu podia fazer se eles, enquanto músicos e compositores, são ótimos cartunistas militantes? E, claro, ambos pra lá de sem graça. Mas, puts, eu havia prometido a mim mesmo que não faria mais isso, botar o dedo na ferida alheia. (Desculpa, Papai do Céu, eu sei que vc disse que muito melhor é elogiar quem merece e calar sobre os demais, mas… ainda vou aprender.)
Pois é, agora recebi um email que curti muito, do Célio Luiz da Silva, o dono da Loira – a urubua mais charmosa de Minas Gerais – sobre quem escrevi há alguns dias: O urubu e o amor. Coloquei ao pé do texto – com autorização dele – o referido email, o qual esclarece minhas dúvidas sobre a possível futura primeira dama de Cambuí…
Ah, é óbvio que fui convidado para a comunidade da Loira e do Célio, à qual já aderi.
Essa internet…
Eu quero um homem
que faça versos
que me mostre o quanto eu não sei
fazer versos
e me deixe subitamente feliz por não precisar mais
fazer versos.
eu quero um homem que seja
um menino
magro, desamparado
rejeitado por todas as mulheres
e ainda assim tenha no peito
um amor quente e inquestionável
úmido e salgado como lágrima
espesso como sêmen
explosivo como sêmen.
Ou um homem velho, bruto,
fatigado das mulheres.
Mulher demais atrapalha? Do Estadão:
Obrigado a ter 4 esposas, homem acaba deprimido
Riad – Um muçulmano pode se casar com até 4 mulheres, mas um jovem de Riad, na Arábia Saudita e que não teve o nome revelado, teve de ser internado com problemas psicológicos após ser obrigado por seus pais a ter 4 esposas. Primeiro, o pai impôs uma mulher de sua família, e imediatamente a mãe fez o mesmo. O pai, zangado e decidido a manter a influência familiar, obrigou o filho a aceitar uma 3ª esposa, também do lado paterno. Para não ficar atrás, a mãe fez o mesmo.Pouco após as quatro cerimônias, o jovem deu entrada em um hospital com depressão e agora ele se nega a ver seu pai, sua mãe e suas quatro esposas.
Já que a profissão mais antiga do mundo veio à tona, vale lembrar o dito popular: “Votem nas putas, porque os filhos delas não resolvem”. Só têm feito cagada no Congresso (e no Executivo e Judiciário).
Aliás, nada a ver uma coisa com a outra, mas o Nelson Jobim hoje confirmou que deixa o STF e se filia ao PMDB para se candidatar.
Pergunta 1: a Bruna Surfistinha está esperando as vendas do livro dela darem uma arrefecida para posar nua? (Pois é de se estranhar que ainda não o tenha feito, certo?).
Pergunta 2: na segunda arrefecida ela se casa em grande estilo?
Pergunta 3 e mais importante: será que o casamento da Bruna Surfistinha vai sair em Caras?
Seria talvez o ápice da história do Brasil. Depois, vem a decadência.
A tequila, ou o tequila – os dois gêneros são usados em espanhol–, é hoje uma denominação de origem, cuja produção é controlada pelo governo mexicano. Sua fabricação deve seguir certos padrões. Só pode se chamar tequila, mesmo que a receita seja idêntica, a bebida produzida nos estados de Jalisco e Michoacán. Não confundir com o Mezcal, também feito a partir do agave, em outras regiões (é em alguns dos tipos de Mezcal que se pode encontrar o famoso verme – o gusano – no fundo da garrafa).