O Garganta de Fogo

blog do escritor yuri vieira e convidados...

Blog extinto

Conforme escrevi em algum post, este blog deve seu nome ao vulcão Tungurahua — do quechua “o Garganta de Fogo” –, um enorme e nevado cone de 5060 metros de altura que escalei no Equador e que, ao contrário deste blog, anda bastante ativo. Sim, aparentemente este blog já era, acabou-se, extinguiu-se. E assim permanecerá sabe-se lá por quanto tempo. Eu é que não sei. (Os textos já publicados ficarão por aqui até segunda ordem.)

Talvez eu inicie outro blog. Talvez não. No momento estou de saco cheio. (O fato é que, de 2002 para cá, meu blog nasceu e morreu umas três ou quatro vezes, logo…)

Quem quiser acompanhar meus artigos, crônicas, contos e demais trabalhos, fique ligado no meu Twitter, no meu site, no meu canal do You Tube, etc., etc. (Para outros links, melhor checar minha página no MeAdiciona.)

É isto. Feliz 2009 a todos e que Deus os abençoe.

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Atualização do dia 31 de Março de 2009: pois é, criei outro blog.

Cora

cora

Livraria da Vila, shopping Cidade Jardim, em São Paulo

Todas as Vidas

Vive dentro de mim uma cabocla velha de mau-olhado, acocorada ao pé do borralho, olhando para o fogo. Benze quebranto. Bota feitiço… Ogum. Orixá. Macumba, terreiro. Ogã, pai-de-santo… Vive dentro de mim a lavadeira do Rio Vermelho. Seu cheiro gostoso d’água e sabão. Rodilha de pano. Trouxa de roupa, pedra de anil. Sua coroa verde de São-caetano. Vive dentro de mim a mulher cozinheira. Pimenta e cebola. Quitute bem feito. Panela de barro. Taipa de lenha. Cozinha antiga toda pretinha. Bem cacheada de picumã. Pedra pontuda. Cumbuco de coco. Pisando alho-sal. Vive dentro de mim a mulher do povo. Bem proletária. Bem linguaruda, desabusada, sem preconceitos, de casca-grossa, de chinelinha, e filharada. Vive dentro de mim a mulher roceira. -Enxerto de terra, Trabalhadeira. Madrugadeira. Analfabeta. De pé no chão. Bem parideira. Bem criadeira. Seus doze filhos, Seus vinte netos. Vive dentro de mim a mulher da vida. Minha irmãzinha… tão desprezada, tão murmurada… Fingindo ser alegre seu triste fado. Todas as vidas dentro de mim: Na minha vida – a vida mera das obscuras!

Madonna

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Morumbi, 20dez8

Kuwait, 1991

Apenas porque esta noite sonhei com o combate a incêndios em poços de petróleo…

A verdade da sua vida

O Poder do Mito – Joseph Campbell em entrevistas com Bill Moyers (trecho)

CAMPBELL: Há um magnífico ensaio de Schopenhauer em que ele pergunta como um ser humano pode participar tão intensamente do perigo ou da dor que aflige o outro a ponto de, sem pensar, espontaneamente, chegar a sacrificar a própria vida por esse outro. Como pode acontecer a brusca anulação daquilo que normalmente concebemos como a primeira lei da natureza, a autopreservação?

No Havaí, há cerca de quatro ou cinco anos, deu-se um evento extraordinário que ilustra bem a questão. Há um lugar lá chamado Pali, onde os ventos do norte passam rápidos através de uma grande cadeia de montanhas. As pessoas gostam de ir lá em cima, para ver seus cabelos agitados ou, às vezes, para cometer suicídio -– você sabe, algo como saltar da Golden Gate Bridge.

Um dia, dois policiais dirigiam pela estrada de Pali quando viram, encostado à amurada que protege os carros do perigo do despenhadeiro, um jovem que se preparava para saltar. O carro de polícia parou e o policial à direita pulou para agarrar o jovem; mas o fez no instante em que este saltava, e acabou sendo carregado pelo outro; o segundo policial chegou a tempo de puxar os dois.

Você se dá conta do que subitamente aconteceu àquele policial que quase morreu junto com o jovem desconhecido? Tudo o mais em sua vida foi esquecido -– seus deveres para com a família, seus deveres para com o trabalho, seus deveres para com sua própria vida –- todos os seus desejos e esperanças em relação à vida simplesmente tinham desaparecido. Ele estava a ponto de morrer.

Mais tarde, um repórter lhe perguntou: “Por que você não o deixou cair? Você teria morrido com ele”. Sua resposta foi: “Não podia. Se tivesse deixado aquele jovem cair, não poderia viver nem mais um dia da minha vida”. Como é possível?

A resposta de Schopenhauer é que tal crise psicológica representa a abertura para a consciência metafísica de que você e o outro são um, de que você é um dos aspectos de uma só vida, e que a sua aparente separação é apenas resultado do modo como vivenciamos as formas, sob as limitações de tempo e espaço. Nossa verdadeira realidade reside em nossa identidade e unidade com a vida total. Esta é uma verdade metafísica, que pode surgir espontaneamente em circunstâncias de crise. Pois esta é, de acordo com Schopenhauer, a verdade da sua vida.

O herói é aquele que deu sua vida física em troca de alguma espécie de realização dessa verdade. A idéia de amar seu próximo é pôr você em sintonia com esse fato. Mas, quer ame ou não o seu próximo, quando a realização o pega, você pode arriscar a própria vida. Aquele policial havaiano não sabia quem era o jovem a quem ele tinha oferecido a própria vida. Schopenhauer declara que, em proporções reduzidas, você vê isso acontecer todos os dias, o tempo todo, movendo a vida na terra -– pessoas tendo gestos desprendidos em relação a outras pessoas.

MOYERS: Então, quando Jesus diz “Ama o teu próximo como a ti mesmo”, ele na verdade está dizendo: “Ama o teu próximo porque ele é tu mesmo”.

CAMPBELL: Há uma bela figura na tradição oriental, o bodhisattva, cuja natureza é a compaixão ilimitada e de cujos dedos diz se que escorre ambrosia até as profundezas do inferno.

MOYERS: Qual é o significado disso?

CAMPBELL: No final da Divina Comédia, Dante se dá conta de que o amor de Deus impregna todo o universo, até as mais fundas cavernas do inferno. É aproximadamente a mesma imagem. O bodhisattva representa o princípio da compaixão, o princípio curativo que torna a vida possível. A vida é dor, mas a compaixão é que lhe dá a possibilidade de continuar. O bodhisattva é aquele que atingiu a consciência da imortalidade, por meio da sua participação voluntária no sofrimento do mundo. Participação voluntária no mundo é muito diferente de apenas ter nascido nele. Este é exatamente o tema da declaração de Paulo sobre Cristo em sua Epístola aos Filipenses, segundo a qual Jesus “não pensou na condição divina como algo a ser conservado, mas tomou a forma de um servo aqui na terra, para morrer na cruz”. É uma participação voluntária na fragmentação da vida.

Blondie – Heart of Glass

Da seção “músicas que marcaram nossa infância”…

Blog em coma

Um blog com tantos e tão ocupados colaboradores… tsc, tsc, tsc.

Estou considerando a idéia de, assim que três imagens do Second Life forem publicadas sem posts intermediários, a idéia de passar a faca na Garganta de Fogo e voltar novamente à carreira solo… 🙂

Ao menos meu Twitter anda movimentado.

Israel prepara ataque ao Irã

As Forças Armadas de Israel já planejam um ataque ao Irã, mas não vão contar com o apoio tático dos Estados Unidos, informa o Jerusalem Post.

Os oficiais israelenses admitem que o planejamento fica mais complicado sem os norte-americanos, principalmente por não contar com espaço aéreo iraquiano, por eles controlado. No entanto, afirmam que os preparativos estão a todo o vapor. “Estamos preparando ataques em larga escala”, disse o Major General da Força Aérea, Ido Nehushtan.

Segundo o colunista do Washington Post, David Ignatius, os Estados Unidos se opõem a um ataque israelense ao Irã por terra, pois apenas retardariam o programa nuclear iraniano ao invés de destruí-lo totalmente. Além disso, as conseqüências dos ataques seriam imprevisíveis.

Mas os oficiais israelis acreditam que o Irã, já em 2009, teria bastante urânio enriquecido para uma bomba atômica, o que justificaria o ataque.

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Matéria original (em inglês) no Jerusalem Post, aqui!

Lo que canto no es mi canto

Com exceção de duas ou três ligeiras asserções, muito me agradam as palavras do cantor e compositor argentino Facundo Cabral.

Para ajudar Santa Catarina


Veja mais fotos como esta em Ação de ajuda as vítimas das enchentes no sul do Brasil

Do G1:

SÃO PAULO – O Banco Itaú também abriu uma conta em benefício da Defesa Civil de Santa Catarina com o objetivo de receber doações dos interessados em ajudar as vítimas das enchentes naquele estado. Outras contas estão disponíveis também no Banco do Brasil e no Bradesco.

Seguem abaixo os detalhes das contas:

Itaú:
Agência: 0289
Conta: 69.971-2

Observação: Os recursos serão direcionados para o Fundo Estadual da Defesa Civil Catarinense, CNPJ: 04.426.883/0001-57.

Bradesco:
Agência: 348-4
Conta: 160.000-1

Observação: Os depósitos de ajuda devem ser realizados nominalmente para Fundo Estadual de Defesa Civil, CNPJ 04.426.883/0001-57.

Banco do Brasil:
Agência: 3582-3
Conta: 80.000-7

Observação: Os recursos recebidos serão repassados para a Secretaria de Defesa Civil do Estado de Santa Catarina.

(Valor Online)

Todos sabem que, se deixar por conta do governo, Santa Catarina já era. Logo, que cada um ajude como puder.

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