blog do escritor yuri vieira e convidados...

Mês: outubro 2005 Page 3 of 4

Fui espancado!!

Pelas mensagens que pipocaram em meu celular, vi que a notícia correu feito relâmpago entre meus amigos. Mas fiquem descansados que estou bem, muito bem. Para um escritor, toda experiência é lucro. Aos que não conhecem o ocorrido, me explico: fui espancado por quatro playbadboys “sarados” — essa espécie animal que não tem mais o que fazer — em plena rua Harmonia (Vila Madalena), de madrugada, a poucos metros do apartamento em que estava hospedado. O máximo que conseguiram foi me tirar alguns mililitros de sangue e quebrar meu lindo nariz. O mais irônico é isso tudo ter rolado não apenas minutos após eu ter escrito os dois posts anteriores, mas também na mesma noite em que o Globo Repórter apresentou uma matéria sobre jovens de classe média e classe média alta que se envolvem com crimes e violência. Certas sincronicidades parecem só acontecer comigo. Não é à toa que estou na comunidade “Eu atraio loucos!” do Orkut. Claro que o assunto renderá uma crônica mais detalhada.

P.S.: Nunca deixe seu dedo médio levantar-se para uma matilha de playbadboys provocadores com os narizes sujos de pó branco. Dedo mau! Dedo bobo! Nada como uma boa lição de autodomínio…

P.S.2: O mais triste é que não havia no apê uma mulher sequer para cuidar dos meus dodóis. Já os playboys estavam acompanhados por duas retardadas, para as quais acreditavam estar se exibindo. Dize-me com quem andas…

P.S.3: Um capoeirista destreinado, tal como eu, pode até minimizar o prejuízo – não fiquei com olho roxo, cortes, furos, nem perdi dentes – mas se consegui desmanchar o cabelo de algum deles, foi muito…

A pão-de-ló 2

Pensando bem, quem bateu o recorde foi o Rodrigo Fiume, que viajou com a namorada e largou seu apartamento da Vila Madalena nas minhas mãos. Ah, como eu gosto dos meus amigos…

A pão-de-ló

Gosto de São Paulo pois aqui meus amigos sempre me tratam a pão-de-ló. Mas o Bruno Costa, tradutor, e sua namorada Ana Lima, fotógrafa, bateram o recorde. Em seu loft/estúdio, na Pompéia, enquanto a Ana solicitava minha ajuda para escolher uma modelo entre diversos composites que ia me apresentando, o Bruno me serviu pastéis assados, cerveja preta e me presenteou com um livro que ele ajudou a preparar para a Editora Globo: Universo Numa Camiseta: à Procura da Teoria de Tudo, de Dan Falk. Um livro novo numa mão, um copo de cerveja na outra, os olhos nas modelos. E eu era instado a escolher uma peituda, pois as fotos são para a campanha de um club de Maresias, e os caras querem uma “gostosa”. Ai ai, essa vida de esteta…

CPI do Touro doido

Não é só o Brasil que tem CPIs estranhas. Paola Antonacio, uma amiga que está fazendo mestrado em Madrid, me disse que está rolando uma CPI das Touradas por lá, uma vez que descobriram um esquema no qual se dopavam os touros para encher a bola (e a bolsa) de toureiros espertalhões. Engraçado isso. A primeira e última vez que defrontei um touro furioso não era bem ele que estava dopado e sim… Lucy in the Sky with Diamonds!!!!

Boteco virtual

O Paulo Paiva tem razão. Enquanto conversávamos eu, ele e o Daniel Christino, via Skype – eu a mil quilômetros de distância de ambos -, parecia que estávamos num boteco. Realmente, só faltou a cerveja…

Referendo das armas

O bom de ler o Reinaldo Azevedo é que ele me tira o peso de ter de escrever sobre política, tema esse que já me desviou mais que o suficiente dos meus projetos atuais. Se minha opinião não tem um centésimo milésimo do peso da dele, se ela não se baseia, como a dele, em dados tão bem fundamentados, se não é tão expressiva e tão bem articulada, para quê então me esforçar tanto? Seu artigo Referendo das armas: por que voto “não” é daqueles em que assino embaixo, já que é exatamente o que venho dizendo a meus amigos e familiares: voto “não” por uma questão de princípios, por não querer submeter meu arbítrio à vontade absoluta do papai-Estado e não por ser um defensor ou usuário de armas. Como já escrevi aqui há mais de um mês, chega de entrar no assunto. Leiam o artigo dele e pronto.

Eis um excerto:

(…) na prática, o que se está dizendo aos brasileiros é o seguinte: “Não adianta: os ladrões continuarão a enfiar um revólver na sua cara, e não há nada a fazer quanto a isso. Não tendo outra coisa a fazer nem outro tipo de proteção a lhe oferecer, estamos cassando o seu direito de fazê-lo por si mesmo porque nossos estatísticos concluíram que a reação é contraproducente. Assim, optamos pelo desarmamento compulsório não para coibir a ação dos bandidos, mas para que você seja um refém mais inteligente”.

A visitante do planeta X

A Visitante do Planeta XEntre 1997 e 1999, publiquei crônicas mensais na revista Guia da Farmácia, da ABAFARMA (Associação Brasileira do Atacado Farmacêutico), editada pela Editora Price e com distribuição nacional. (Cada farmácia associada recebia ao menos um exemplar.) Eu ainda não encontrei os disquetes com as cópias desses textos, mas, como venho dizendo ao longo desta semana, a cada dia me deparo com algo novo nas caixas que havia deixado aqui em São Paulo. Hoje encontrei algumas provas gráficas dessas crônicas em papéis do tipo Imation Matchprint, gentilmente cedidas, na época, pelo Rogério Franco, sócio da editora. Seria muito melhor, claro, se eu transcrevesse texto por texto para o site. Mas estou morreeeeeendo de preguiça de tal trabalho mecânico. Por isso, por enquanto, me limitarei a escolher algumas e colocar suas cópias escaneadas neste blog. A primeira se chama A visitante do planeta X e foi publicada na edição de Julho de 1998.

O Beijo

Há algum tempo venho alimentando essa mania de fotografar a TV. Às vezes sai algo interessante, como essa foto.
O Beijo

Primeiro conto publicado

E prosseguindo com minha busca pelas caixas abarrotadas de passado, eis que também encontrei meu primeiro conto publicado: Gusto de sangre, de Março de 1990, jornal El Día, Latacunga, Equador. Também foi escrito originalmente em espanhol e dentro da mesma linha adolescente-militante do artigo citado abaixo.

O Rio de Janeiro, segundo Wordsworth

Ralph Waldo Emerson, a respeito do poeta Wordsworth, que reencontrou durante uma viagem à Inglaterra em 1848:

“Julga o Rio de Janeiro o melhor lugar do mundo, para uma grande capital…”

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