blog do escritor yuri vieira e convidados...

Mês: fevereiro 2006 Page 3 of 14

Ms. Dalloway e o ACM

Amanheceu bonito e frio na Terra Média. Solzinho bom com neblina! Não houve vontade nenhuma de levantar da cama…E o artigo pros “Gargantas de Fogo”? Descobri um escândalo antigo envolvendo o governo kiwi e as empresas de imagens de satélite, podia escrever sobre isso!

E depois, tem a campanha chauvinista do eDitador e seus comparsas (Pô, Monica Bellucci, Paulo? Pegou pesado, heim?!)! Caramba, que pressão! E eu só quero ficar no jardim, lagarteando e tomando chá, de pijaminha e sem compromisso, esperando o Marc vir almoçar e me atualizar sobre o mundo lá fora…

E a imagem da Ms. Dalloway me vem à cabeça como uma premonição, uma praga rogada há muitos anos pela doida da Wolf e destinada a gente como eu! Tá bom, fui vaidosa e arrogante agora! Desculpem-me! Não sei fazer arranjos florais como ela e nem eram assim tão brilhantes meus apartes nos cafés com os meninos…

Ex Libris

Dia desses o Túlio Caetano fará um Ex Libris para mim. Claro, primeiro alguém precisa dizer a ele que eu gostaria muito e me sentiria muito honrado se ele fizesse um Ex Libris para mim. Bom, espero que ao menos este blog lhe diga isso, pois, assim que o recado chegar até ele, precisarei aguardar apenas uns quinze anos para que ele encaixe tal encomenda em sua movimentada agenda. Ah, esses artistas perdidos pela França…

Para quem não sabe, Ex Libris é aquele selo que colocamos em nossos livros para distigüi-los dos alheios. Significa mais ou menos isto: “Dentre os Livros [que fulano possui este é um exemplar]”. Veja, por exemplo, como era o Ex Libris do Santos Dumont:

WYD – With Your Destiny

O Marcelo Moon, proprietário da OnGame, está lançando seu MMORPG (Massive Multiplayer Online Role Playing Game), o With Your Destiny. O jogo é gratuito e totalmente em português. (Para quem não leu, Marcelo é o coreano com quem tive uma dessas conversas mirabolantes numa festa em São Paulo, a qual descrevo na crônica Pão em coreano.)

Para mais informações, veja o site do jogo ou a Revista do CD-ROM.

Saudades de Deus

Vi uma frase da Clarice Lispector aqui no blog, na seção Bem Dito, que me lembrou de uma cena inusitada que presenciei há muitos, muitos anos: “Estou com tanta saudade de Deus.”

Estudei boa parte da minha infância no Sacré-Coeur de Marie, um colégio dirigido por freiras na Rua Toneleros, em Copacabana. As freiras eram bem rígidas, acho que até demais. Não tenho lá boas recordações delas. Lembro-me de broncas, caras enfezadas, alguns puxões pelo braço — eu sei, eu não era bem um santinho.

Di Cavalcanti di Glauber

Assisti a esse curta-metragem do Glauber Rocha pela primeira vez em 1994, quando ainda morava na UnB. (Comentei a respeito noutra entrada.) Dei muita risada então. Fora de brincadeira, acho que é uma das melhores coisas que ele já fez. Sua narrativa é hilariante. (Sem falar que, no cortejo fúnebre do Di Cavalcanti, ele ainda aparece seguindo o caixão, todo discreto. Era o Dr. Jekyll dele. Já o narrador, piradão, é o Mr. Hyde.) Diz ele que, em 1976, estava em casa, coçando, quando ficou sabendo da morte do Di. Passou na casa de alguns amigos para pegar restos de película, chamou o cinegrafista e se mandou pro velório. Deu no que deu. A família pirou a cabeça com o resultado. E proibiu o filme de ser veiculado no Brasil. Isto até hoje.

Daddy Cool

É uma pena as imagens deste video não estarem perfeitamente sincronizadas com o som. Mas dá pra enganar. É uma apresentação do grupo Boney M e sua musiquinha incestuosa (ou de cafetão) Daddy Cool. Assisti pela primeira vez com a Cássia, a Karina e a Paola no apê do Paulo Paiva, que quis nos mostrar seu DVD com bandas dos anos 70 chamado Disco Inferno, uma coisa mutcho loca.

Brasil: baile das vestais

Quando você acha que não dá pra elevar o surrealismo a uma nova potência, vem essa vestal falar. O senador que fraudou o painel do Senado. O senador que outro dia respondeu à cidadã que o interpelava com um “Vem falar aqui, sua puta!” Os caras parecem que não acham suficiente o nível de lama e degenerescência a que o país já chegou. Fazem questão de cavar mais um pouquinho o poço. E a progressão geométrica prossegue. Só nos resta repetir nosso lema; “Votem nas putas” porque os filhos, como o Toninho Malvadeza na Folha de hoje, já perderam a noção do ridículo há muito tempo (aliás, nem leiam isso porque eu só reproduzi aqui porque sou muito neurótico e gosto de me sentir mal):

Nós, os desocupados…

A despeito de ter indiretamente chamado todos os demais neste blog de “desocupados”, e mesmo sendo um “metapost”, é refrescante ter um pouco de aroma feminino neste blog. Acho que é muito mais uma questão de pegar a veia, que de ter tempo. Nego desocupado é o que não falta pra ler qualquer bobagem que a gente escreve. 😉

A nova direita

Do Angeli, na Folha:

Podcasts literários

Eis uma lista com links para 286 podcasts cujo tema central é literatura. Parece que o único brasileiro é o meu. (Coitado do meu. Tão pobrezinho.)

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