blog do escritor yuri vieira e convidados...

Mês: agosto 2006 Page 2 of 12

Não case com uma carreirista?

Polêmica na revista Forbes digna da revista Marie Clair: o colunista Michael Noer sugere – a partir duma dessas importantes pesquisas acadêmicas – que os homens não devem casar com mulheres carreiristas, essas workaholics que não ligam pra casa, pros filhos e que ganham mais que os maridos. (Pobre auto-estima de matcho!) Sua colega, Elizabeth Corcoran, contra-atacou afirmando que o casamento só não funcionará com homens lerdos incapazes de aprender com os fatos da vida, enfim, com homens burros. Bem, segundo a tal pesquisa, as mulheres bem sucedidas preferem homens ainda mais bem sucedidos. Parece fazer sentido, principalmente na posição papai-mamãe. (Como dizia o Álvaro de Campos, se eu casasse com a filha da minha lavadeira, talvez fosse feliz…)

Survivor racial

Enquanto isso, nos EUA, o programa Survivor (CBS) – aquele Big Brother para exibicionistas sádicos radicais – terá suas equipes separadas por etnias: grupo dos brancos, dos negros, dos hispânicos e dos asiáticos. Rush Limbaugh brincou com o absurdo da idéia – onde está o grupo da Al Qaeda? e o dos judeus? – e a mídia politicamente correta caiu sobre dele. Claro que o cara se saiu muito bem da história…

O PT e os meios de comunicação

Veja lá no Reinaldo Azevedo: o PT, com a reeleição de Lula (que não irá ocorrer, credo), pretende criar mecanismos stalinistas para controlar os meios de comunicação. Zeus poderia jogar um raio nessa gente…

Ao menos um

Do Cláudio Humberto:

Disse bem
Ex-esquerdista que renegou o “terrorismo” na ditadura, Marcos Vinício Fernandes revelou a Fernando Molica, da GloboNews, que foi torturado, mas não quer indenização: “O povo brasileiro não me deve nada”.

Eu que pensei que nenhum deles – a começar pelo Carlos Heitor Cony e pela alta cúpula do PT – tinha vergonha na cara.

P.S.: Atenção companheiros do Garganta: graças a esse post fui obrigado a criar a tag “milagre”. Use-a em casos como esse.

Acenda o cinismo

poster.jpgÉ bem engraçado. Mais do que eu imaginava. Como os caras são cínicos! Sério, empatam com o Lula no JN, para você sentir o grau da coisa.

O filme chama-se Obrigado por Fumar. É a história de um cara da indústrica cuja função é defender o direito do cidadão decidir se quer fumar ou não. Pelo menos é isso o que ele diz. É um relações-públicas, um lobista (nos EUA, isso é legal).

Os encontros do Esquadrão da Morte — ele, mais os equivalentes na indústria de armas e na de bebidas — são engraçadíssimos. A cena em que disputam qual “produto” é mais letal é hilária. “Que tragédia…”

É uma comédia inteligente como há muito eu não via. Note que, em nenhum momento, o filme mostra alguém fumando.

Cínico, muito, muito cínico. Divertidíssimo.

Música para a semana — 6

elis&tom.gifJá falei um pouco de Elis & Tom (1974/2004) na primeira semana. É a reunião do maior compositor brasileiro com a maior cantora brasileira, em 1974. Tenho o CD lançado 30 anos depois, remixado a partir dos tapes originais, sob supervisão de César Camargo Mariano — marido de Elis na época, foi o arranjador do álbum. Um belo trabalho de adaptação à tecnologia atual.

icn-seta_cima-11x11.gif É o mais perfeito álbum que conheço.

iconlisten.gif Ouça: Fotografia

Os mais racistas

O Chris Rock é mais uma prova de que a inteligência tem tudo a ver com o comportamento politicamente incorreto.

Os melhores podcasts

O Julio Daio Borges, editor do Digestivo Cultural, publicou uma resenha com os melhores podcasts brasileiros e internacionais até o momento. (Por incrível que apareça até o nosso – tão desprezado por nós mesmos, coitado – está lá. Obrigado, Julio.)

Frase de cinema — 18

aspas_vermelhas_abre.gif Nellie, you’re a disgrace to depression aspas_vermelhas_fecha.gif

Jack Nicholson para Greg Kinnear, em Melhor Impossível (1997)

Além do Cidadão Kane

Para quem ainda não assistiu, esse é o documentário britânico sobre as relações da TV Globo com a sociedade brasileira, com seus políticos e com a classe artística. Está proibido no Brasil desde 1993. Apesar de trazer um ou outro comentário boboca de viés esquerdista anti-capitalista – como se os problemas apresentados fossem inerentes ao capitalismo e não à promiscuidade entre poder público e poder financeiro -, a peça é bem interessante. É curioso ver, através da ótica dum estrangeiro, o quão bizarra é a nossa televisão.

Atenção para a declaração do Walter Clark, segundo o qual Roberto Marinho é um Citizen Kane sem Rosebud. (Isso me lembra os causos que ouvi do jornalista Washington Novaes e do cineasta Eduardo Escorel – nas duas ocasiões em que almoçamos juntos lá no FICA – sobre os bastidores da Globo nos anos 70 e 80, as confas entre Clark e Boni, etc. Qualquer dia voltarei ao tema.)


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