A crítica do Claudio Weber Abramo publicada pelo Daniel não é muito justa. Não sei das TVs, mas os jornais falaram quais são as empresas que integram o Consórcio Via Amarela no sábado, edição posterior ao fato. Isso não foi tão repetido como deveria, talvez por conta da “lama” que é a cobertura e edição de um fato destas proporções.
Na edição de hoje, a Folha cita todas a integrantes do consórcio na reportagem Empresas deram R$ 1,7 mi para comitê de Serra. Também estão na reportagem Contrato prevê responsabilidade de consórcio, na mesma edição.
Na de ontem, aparecem todas nos textos: Consórcio premiou economia de material e Em nota, consórcio diz que prioridade é encontrar as pessoas desaparecidas.
Amanhã estará novamente na edição, de forma mais explícita e detalhada, espero até que com um infográfico.
Sobre a licença ambiental citada pelo Pedro, ela não rendeu muita coisa por enquanto. A licença foi concedida, preliminarmente, em 1997. Depois (não tenho aqui o ano), foi concedida de fato e expirou em dezembro passado, na gestão do José Goldemberg na Secretaria Estadual do Meio Ambiente. Foi renovada na atual gestão, a do Xico Graziano. Segundo a assessoria do Goldemberg, ele não a renovou por questões burocráticas. Mas isso é o oficial, faltou algum bastidor, algo que ninguém conseguiu ainda.
daniel christino
Grato, Rodrigo.
pedro novaes
Rodrigo,
Sobre a licença ambiental, não sei se ajuda, mas essa história de “emissão preliminar” não existe. O que há previsto na legislação são três tipos de licença: 1) Licença Prévia (aprova o projeto e assegura que ele pode ser implantado, mas não autoriza o início de sua implantação, pois a emissão da 2) Licença de Instalação fica sempre condicionado ao cumprimento de uma série de medidas que precisam ser comprovadas (em tese) antes da emissão da LI, e finalmente a 3)LO, Licença de Operação, que autoriza o efetivo funcionamento do empreendimento, no caso a abertura da Linha 4 ao tráfego, etc. Se a obra começou apenas com uma LP, está errado. Não pode, embora aconteça muitas vezes. Não acredito que seja o caso em se tratando de emprendimento de tal monta, mas não custa checar. Outro caminho, ao invés da SMA, pode ser o Conselho Estadual de Meio Ambiente, o CONSEMA, visto que ests licenças, ao menos a LP, demandam aprovação do Conselho. Talvez através de alguns membros do Conselho se pudesse saber algo. Se te interessar, posso tentar descobrir algo com alguns contatos que tenho.
CWAbramo
Naturalmente, as observações sobre aspectos da cobertura da imprensa tinham como referência temporal o período imediatamente posterior ao ocorrido. É claro que posso estar enganado, mas não vi, na cobertura da imprensa escrita no dia seguinte, menção às empresas. Vi em dias posteriores, mas não no dia seguinte.
rodrigo fiume
Nas edições de sábado, dia seguinte ao acidente, as empresas que compõem o consórcio estão nos textos:
Odebrecht é responsável pelas obras (FSP)
Consórcio atribui acidente a falha geológica (OESP)
Escavações usaram explosivos (O GLOBO)
Abs. R.
rodrigo fiume
Sobre a licença, o “preliminarmente” se refere à licença prévia e o “de fato” à licença de instalação. Na verdade, uma fonte falou à repórter em off que o Goldemberg não a renovou em dezembro por conta da burocracia (o consórcio pediu a renovação apenas uma semana antes de a licença expirar, era fim de ano, tem a papelada, etc) e que a renovação tb é algo burocrático, porque, se a secretaria não renovasse a licença, ela estaria admitindo que, 5 anos antes, havia cometido um erro ao concedê-la. Tb disse que a linha amarela foi a que menos apresentou dúvidas em relação à concessão da licença.
Abs. R.