Do Clipping de Cinema:
Sexo também é cultura. Assim pensa o juiz holandês que decidiu que os peep shows – exibições nas quais modelos ficam nuas ou praticam sexo explícito em cabines para voyeurs – são uma forma de espetáculo teatral, motivo pelo qual os donos desses clubes são credenciados a abatimentos de impostos com base nas leis locais de incentivo à cultura. “Aceitar pessoas para assistir a peep shows é equivalente a permitir a entrada de uma pessoa num espetáculo teatral”, considerou um juiz da Corte de Apelações de Amsterdã, em decisão tomada no mês passado e tornada pública nesta terça-feira. “O erotismo dos personagens na performance não diminui sua importância”, prosseguiu. O jornal The Telegraaf informou que o dono de um clube onde ocorrem apresentações do gênero receberá uma restituição de impostos da ordem de milhares de euros por causa da decisão.
bruno costa
Sensacional. Pode até ter um efeito ruborizante nos menos liberais, mas convenhamos, o turismo ligado ao erotismo e à pornografia na Holanda gera recursos, aquece a economia local e emprega pessoas. Eu mesmo fui num museu do sexo lá (muito bobo, admito). Esse abatimento provavelmente resultará em mais investimentos e fortalecerá a economia. Seria interessante conhecer mais detalhes sobre a decisão. Valeu, Pedro. []s
yuri vieira
Eu acho que esses espetáculos são bons para a cultura de esperma. E só. Minha cabeça de baixo, à vista de um espetáculo assim, ficará cheia de idéias microgaméticas, mas a de cima certamente continuará tão vazia quanto antes. E eu acho que Cultura – assim, com C maiúsculo – tem a ver com o cultivo da cabeça de cima. Quando Oswald Spengler se referia ao gênio como “a força fecundante do varão que ilumina toda uma época”, creio que, para ele, varão era homem (e não um pau grande) e a tal fecundação era metafórica (e não literal). Do contrário poderíamos dizer que o Long Dong Silver é um gênio.
{}’s
william
Carteirinha de estudante garante meia-entrada? E as artistas vão reclamar que poucos pagam inteira e vão pedir que o Estado pague a outra metade?