Enquanto alguns acham que o Second Life não passa de um joguinho, jovens artistas estão usando o programa para criar histórias em quadrinhos, animações e fotos/pinturas altamente sofisticadas.
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Cartaz da exposição “Rinascimento Virtuale (Renascimento Virtual)” no Museu de História Natural de Florença, Itália como parte do Festival della Creatività:
Uma animação de Tracechops (machinima):
Uma HQ de Velvet Flytrap para a After Hours Magazine:
Um retrato da Olívia Palito, de Axelia:
Pois é, onde quer que você esteja (ainda que seja num mundo virtual), Zeit ist Kunst.
Spacca
Salve Yuri, eu te ouço, hehehe.
Gostei muito do conceito…
…mas ainda não gosto do resultado.
Talvez seja o seguinte: num jogo, essas animações funcionam porque a gente está mais preocupado com a estrutura lógica, ganhar ou perder, conquistas vantagens, prever o movimento do adversário, etc. Tanto faz tomar um tiro de um boneco realista ou de um Lego, a emoção está em como você se movimenta dentro das regras do jogo. O ambiente realista é legal (como nas simulações de corrida, vôo), mas não é ele a fonte da emoção.
Já num conto, as limitações da anatomia e da renderização se chocam com a nossa imaginação e memória de movimentos naturais. Talvez, para os habituês de jogos virtuais, isso tenha um efeito cômico trash, como se eu visse um filme usar a linguagem de um filme de artes marciais antigo, o tosco vira cult. Mas para envolver emocionalmente, talvez precise ou imitar melhor a realidade, ou se afastar dela (por exemplo, o filme “Persépolis” é muito mais convincente do que estas amostras que vi, embora estes filminhos tenham idéias originais e roteiros bem construídos).
Como o Machinima utiliza ambientes criados para os games, fica dependendo dos avanços que eles conseguem realizar e do gosto estético de quem faz — tenho minhas dúvidas o quanto um diretor de bom gosto consegue fazer dentro dos horizontes dos desenvolvedores de jogos, com todo respeito, mas que são basicamente adolescentes funcionais.
Pode ser, também, que estas amostras que vejo hoje são o equivalente das primeiras aplicações que eu via nas feiras de informática há mais 30 anos atrás. Como quem tinha paciência e know-how para fazer os primeiros experimentos eram os técnicos, artisticamente as amostras deixavam muito a desejar. Para eles já era um milagre construir um desenho na tela arrastando o mouse numa paleta de 16 cores. Mas para criar imagens capazes de competir com os parâmetros existentes da fotografia e da ilustração, tinha muito chão pra percorrer. Só quando os sofware ficaram mais amigáveis, foi possível aos artistas se apoderarem mesmo das ferramentas.
Então, como possibilidade de uma ferramenta melhor no futuro, acho o conceito do Machinima e os benefícios para o diretor de cinema virtual, fantásticos e promissores. É muito bom que você já esteja interessado nisso agora, em que o meio está um tanto cru. Talvez teria sido vantajoso para mim ter me interessado por computadores uns 10 anos antes deles se popularizarem.
abraço
sp
cidinha
[red]Poxa garoto
seu blog está muito bom….
gostei da sua autenticidade e da maneira com q vc se espressa
é legal saber que ainda existem pessoas assim
que sao capazes de defender suas ideias
sem medo do que vao pensar
bjao