Segundo o “messias” eleito pela imprensa – agora messias é sinônimo de ativista social (bom, parece que era ou é mais ou menos o que pensam os judeus e por isso não O reconheceram) -, segundo Bono Vox, o
“México es el país del futuro, vivan el sueño mexicano… y esta es la banda del futuro”.
Pô, México, U2? Quero dizer, ¿tú también? Estamos jodidos…
Aliás, falando em países jodidos, é interessante ver, na revista Época, o resultado da tal causa pelo fim das dívidas de alguns países africanos, causa esta encabeçada por… Bono Vox:
Etiópia: Após o perdão da dívida, o presidente Meles Zenawi cancelou as eleições, prendeu os opositores e censurou a imprensa.
Uganda: O presidente Yoweri Museveni gostou tanto de governar sem dívida que cancelou eleições e decidiu governar por mais três anos.
Ruanda: Com o dinheiro recebido para combater a AIDS, o presidente Paul Kagame [deve ser Kagame e andando] “venceu” as eleições com 95% dos votos e proibiu os partidos de oposição.
Pelo jeito, mais certo está o especialista em economia James Shikwati, 35, do Quênia, que durante entrevista à revista Der Spiegel, solicitou: Pelo amor de Deus, parem de ajudar a África! A entrevista completa pode ser lida no blog do angolano Francis Pac.
Pelo jeito, no que se refere a “karma coletivo”, não dá mesmo para saltar etapas…
pedro novaes
Yuri, essa relação de causa e efeito que você estabelece é equivocada. Uma coisa não tem nada a ver com a outra. O perdão da dívida dos países africanos é uma questão bastante complexa. O que foi até agora efetivamente perdoado não chega a 10% do total das dívidas. Mais: nenhum país recebeu perdão completo, nem receberá. Se quiser posso te passar um estudo bastante detalhado sobre o assunto. As ditaduras e os desrespeitos aos direitos dos cidadãos são infelizmente coisa corriqueira na África. Esses casos que você cita são os do dia e não têm qualquer relação com esse propagandeado perdão da dívida sem efeito prático. Quanto à opinião do queniano, essa sim tem muito de correta.