Um dos temas que mais me causam arrepios – quando leio o livro de Urântia – é o tal Governo Mundial. É mais do que óbvio que nosso planeta se encaminha para algo do gênero – taí a ONU que não me deixa mentir. O problema é que, após a leitura do excelente livro O Jardim das Aflições, de Olavo de Carvalho, fica difícil engolir facilmente as boas intenções dessa gente que, pensando em fazer o bem, pode é gerar o mal através de algum tipo de totalitarismo.

O livro de Urântia mostra o quão necessário é, para se atingir a paz entre os povos, a existência de um Governo Planetário acima de qualquer soberania nacional, tendo, no entanto, como pré-requisito, a aceitação por parte de seus integrantes da fraternidade entre os homens não devido a um sentimento humanista superficial, mas devido à paternidade de Deus. E o livro frisa bem: apesar disso, o Governo deve ser uma instituição secular sem qualquer relação com uma religião institucionalizada, enfim, deve manter uma separação sã entre Religião e Estado.

Já o livro O Jardim das Aflições consegue demonstrar claramente o caráter anti-espiritual de praticamente todos os movimentos mundialistas, tratando-os através de um conceito mais bem acabado de Imperialismo. Se você puder ler este livro não perderá seu tempo.

É, portanto, em meio a esse caos onde se vislumbram, entre outros, Governos Mundiais seculares de humanistas cegos, Governos Mundiais Revolucionários (ao terrível estilo Fidel Castro), Governos Mundiais fundamentalistas de líderes político-religiosos delirantes e, finalmente, Goveno Mundial secular dos filhos do Criador, que me vejo cheio de esperança. Esperança? Sim, esperança de que a Providência saiba montar qualquer uma dessas bestas políticas que por aí surja, levando o Plano à sua melhor execução.

(Voltarei mais vezes ao tema do Governo Planetário.)