Amigos, na entrada anterior anuncio o lançamento da versão em português do Livro de Urântia. Hoje, recebi pelo correio um comunicado da Associação Urantia do Brasil, convidando para o, digamos, aniversário do Senhor Jesus, que, como todos aqueles que leram o livro sabem, nasceu no dia 21 de Agosto do ano 7 A.C. Embora não haja nele nenhuma referênica ao lançamento, fui informado, em particular, de que irá ocorrer no mesmo dia e no mesmo local. Veja o comunicado oficial:
Mês: agosto 2003
Fui informado – obrigado, Junior – de que a versão em português do Livro de Urântia será lançada oficialmente no dia 21 de Agosto, às 20:00 horas, na Rua Mesquita, 423 (travessa da Rua Cel Diogo, na altura da Av. Lins Vasconcelos), Jardim da Glória, São Paulo-SP. Caso queira comparecer, confirme sua presença pelos telefones 11-6163-0188 ou 3085-7909, ou então por e-mail: rogerio@lumanet.com.br. Já era hora!
Fui informado – obrigado, Junior – de que a versão em português do Livro de Urântia será lançada oficialmente no dia 21 de Agosto, às 20:00 horas, na Rua Mesquita, 423 (travessa da Rua Cel Diogo, na altura da Av. Lins Vasconcelos), Jardim da Glória, São Paulo-SP. Caso queira comparecer, confirme sua presença pelos telefones 11-6163-0188 ou 3085-7909, ou então por e-mail:
Pessoa sempre afirmou ser um neurastênico (categoria muito difundida hoje em dia), sendo, além disso – eis seu diferencial – capaz de criar uma personalidade para cada sentimento que lhe acometesse: “Dar a cada emoção uma personalidade, a cada estado de alma uma alma”, escreveu. Daí seus heterônimos. Mas a lucidez, não sendo uma emoção, mas um “enxergar apesar de toda emoção”, não era uma prerrogativa do, digamos, Álvaro de Campos. Bernardo Soares era, como “outros Pessoas”, muito lúcido também. Veja como ele possuía, na primeira metade do século vinte, a clara noção do estado de coisas que se prolonga até os nossos dias:
Amigos, estou disponibilizando para download um roteiro que escrevi há três anos – Estou de Olho / Eye am the I – aliás, último trabalho que concluí enquanto ainda morava com a escritora Hilda Hilst. De lá pra cá, passou consecutivamente pela mão de três cineastas que, animadíssimos, quiseram “rodá-lo de qualquer maneira”. Por incidentes – e até acidentes – diversos, o dito cujo acabou não vindo à luz. O mais incrível é que foi aprovado por uma lei estadual e até pela Lei Rouanet. A turma da captação, claro, me deu o cano, até agora nada. E o já ex-diretor têm outras prioridades, já que finalmente encontrou a realização artística como DJ trance, tendo viajado a trabalho inclusive pela Alemanha e periferias semelhantes… Pois é, como não sou produtor executivo e muito menos gostaria de ser diretor iniciante de um roteiro tão complexo (embora seja um curta), fica ele aqui exposto aos interessados. Quem quiser plagiá-lo, fique sabendo que – além de ele já estar registrado há dois anos na Biblioteca Nacional – que isto seria ótimo, já que assim eu teria alguém para processar e finalmente descolar uma grana (ohohoho). Ah, mais uma coisa: se alguém aí resolver rodá-lo, já vou avisando que não mudarei o final do filho-da-mãe nem sob tortura. Boa leitura!
PS.: Para salvar o arquivo PDF em seu PC, clique no link acima com o botão direito do mouse e escolha “salvar destino como…”.
[Ouvindo: These Days – Nico]
Recebi este email de Marô de Freitas, o qual me pareceu extremamente relevante em vista das últimas atividades do MST. Ele também tem sido comentado na imprensa.
Carta de uma sem-nadaTenho 60 anos e vivi os últimos 12 anos em Colméia, numa fazenda, estado de Tocantins. Sou casada há 40 anos, meu marido é engenheiro agrônomo, 65 anos. Meu filho que trabalhou conosco até 1995 também é engenheiro agrônomo e tem 34 anos.
Éramos, talvez, a única família razoavelmente educada que morava naquele fim de mundo. A nossa casa era lá, era lá que passávamos as festas em família, lá estavam as nossas árvores, nossas flores, a casinha da nossa neta. Há 20 anos, periodicamente, dou aulas de arte no exterior (desenho, composição, pintura em porcelana). Assim conciliei a vida do Terceiro Mundo (ou no avesso do Terceiro Mundo) com três ou quatro viagens por ano aos Estados Unidos e Europa. Tenho o prazer de dar aulas a grupos realmente interessados e enfrento o “stress” de ter que explicar a inflação, a
destruição da Amazônia, a violência etc. a pessoas que faziam perguntas até por delicadeza. Pareciam preocupadas com uma “very nice person” “pessoa muito simpática” sofrendo tanto.
Se nessas últimas semanas alguém tentou encontrar, através dos links deste blog, a tradução para o português do Livro de Urântia, certamente deu com os burros n’água. A Fundação Urantia solicitou a retirada dos trechos ora traduzidos do site em que estavam hospedados. Já li por aí muita gente reclamando da ousadia da Fundação Urantia em manter o copyright de um texto supostamente revelado, cujo autor (ou receptor dos documentos) sumiu sem deixar rastros. Da minha parte não vejo qualquer problema no fato. Quem já leu o livro todo pôde perceber claramente a fonte inesgotável de polêmicas e controvérsias passíveis de serem sucitadas por tal leitura. Uma tradução não revisada ou, na pior das hipóteses, uma edição com cortes ou acréscimos apócrifos poderia vir a ser pura dinamite. O livro tem a pretensão de trazer a união, não a cisão. Por isso acho mais do que justo o zelo da Fundação pelos escritos. E, no final das contas, logo logo o texto estará disponível seja no site da Fundação, seja no dos Estudantes do Livro, seja em livro. Até lá, paciência.
Repito o que escrevi a um amigo: a “mobilização dos camponeses sem terra é a princípio legítima e digna de toda atenção”. Tem que fazer reforma agrária sim, mas sem violar o Estado de Direito. Ou seja, tem que respeitar a propriedade privada e, portanto, o governo, pobre como está, só pode mesmo fazer a coisa lentamente, uma vez que já está endividado até o pescoço. (Claro, pois é preciso compensar de forma justa, sem roubalheiras, quem detém hoje a propriedade das terras. Nem muito, nem pouco: o justo.) A única alternativa a esse modo de ação é o uso da força, o que corresponde a governos totalitários, sejam eles fascistas ou comunistas. Toda mudança profunda, que pretenda respeitar a maioria sem violar os direitos do indivíduo, deve ser gradual, racional e sensata. Não adianta abolir o direito à propriedade e sair invadindo. Qualquer prisioneiro sabe disso: o direito à propriedade pode não ser absoluto, mas nem mesmo numa cadeia haverá ordem se não houver a propriedade de um local, pequeno que seja, para encostar a cabeça e dormir. Quem garantiria a um “assentado” a posse de seu novo pedaço de terra em tais circunstâncias? Quem garantiria que ninguém iria tirá-lo de lá? Apenas um governo totalitário. Em última instância só o Estado seria o dono das novas terras e poderia fazer daqueles que ali habitam o que lhe desse na telha. Reforma agrária sim, baderna e violência não.