As pessoas ficam reclamando das viagens do Lula e não percebem o óbvio: ele está apenas dando vazão à sua vocação para fazer oposição. (Pouco importa quanto “ão” em contrário se diga, é a pura verdade.) E, se no Brasil ele é situação, a quem ele poderia se opor? A ele mesmo? Isto só é possível interiormente, coisa que ele deixa a cargo – como todos nós, principalmente se politiqueiros – de seu próprio subconsciente. Lula é como o líder estudantil que se coça até encontrar motivo para ir protestar ao reitor. Que esse reitor se chame Fernando Henrique ou George Bush pouco importa. Revolucionário comunista gosta é de revolucionar. O negócio é ir fazer barulho e deixar o cubano Josef Dirceu a tomar conta do galinheiro.