Alguns amigos andam pensando que me tornei “esotérico” – naquele sentido mais ordinário e vulgar que a palavra adquiriu nas últimas duas décadas – simplesmente porque o personagem de um livro que venho escrevendo é passível de se encaixar nessa definição. Nada mais bobo do que identificar totalmente um autor a um de seus personagens. Se, pronto o livro, alguém ainda insistir no rótulo, só poderei mesmo é dar boas risadas. Como já dizia o Henry Miller, “os últimos a compreender o que vai pela cabeça do escritor são seus velhos amigos”.