Acho muito cômica a reação indignada de alguns de meus amigos à minha convicção na eternidade da vida. Será tão ruim assim viver para sempre? Ou melhor: será tão horrível ser para sempre meu amigo? O Dante, meu ex-sócio no estúdio, é um dos poucos que encaram a idéia como um fato. E um dos poucos com quem consigo elaborar planos cósmicos…
Daniel
Primeiro, não acho que seja eternidade da vida, mas da alma, já que vida é, por definição, um processo biológico. Segundo, não creio haver nenhum motivo sólido para acreditar que o “lado de lá” será melhor do que o “lado de cá”. E se a outra vida da alma não for melhor do que esta que levo, prefiro dormir. Por fim, não é que eu não acredite na vida após a morte, é que NINGUÉM ainda me deu uma prova convincente. Se eu tiver que apostar, prefiro apostar no bicho!!
zé
velho iuri, seria um prazer enorme continuar seu amigo por toda e toda eternidade (vc seria o responsável por eternas tiradas sábias e cômicas). só acho q seria decepcionante chegar lá do outro lado (qq q seja) e abrir os olhos (mesmo no sentido figurado). como já vou ficar do lado de cá por 86 anos, acredito q eles já serão o suficiente para o q eu me proponho (q, em resumo bem resumido, é passar despercebido). o q muitos não entendem, talvez cegos pela doce tentação de serem eternos, é q a eternidade pode estar muito mais ali nos seus cromossomos, cujos genes serão repassados para os seus filhos e assim por diante, do que num outro plano qq. aí talvez alguém pergunte(quem sabe o daniel): “e a alma? e o imaterial?” caro, quer algo mais difícil de definir como material do q a própria vida? e, além do mais, podemos decidir se queremos ser eternos ou não (ah, quão belo é o livre arbítrio!). isso, claro, para os homens pode ser um grande problema, pois temos aquele louco desejo de enfiarmos nosso instrumento de eternidade em tantos buracos de eternidade(sorry, girls) qt pudermos – vide os jogadores de futebol e os pagodeiros.
grande ab. r.
ps.: sobre o dante, um cara q eu adoro: ele é maluco, não se esqueça disso. (ae, dante, te sacaneei!)