No Equador, sempre que alguém me explicava algo, e eu não compreendia, surgia a invariável pergunta: “Quieres que te dibuje?” Para nós, brasileiros, o termo dibujar – pronuncia-se “diburrar” – soa quase ofensivo. (Di burro é a…) Mas a irônica indagação apenas sugeria que o assunto fosse explicado graficamente, através de um desenho(dibujo). Daí o aspecto interessante desse tal Urantia Project, que dibuja alguns dados do Livro de Urântia, tal como a organização física do cosmos. (Todo mundo acha lindo o Silmarillion e sua narrativa sobre a origem do mundo, aquele papo de uma coluna encimada pelo sol, outra pela lua e etc., etc. Claro, né, ficção é demais, é uma beleza. Mas basta alguém acreditar que o LU é uma revelação real – e muitos acreditam – e as pessoas se borram de medo de lê-lo, como se temessem uma lavagem cerebral. Não imaginam a viagem que estão perdendo.)