Ontem, aqui em casa, demos uma contribuição sem precedentes para o avanço da Ciência Etílica. Convidamos alguns amigos para um teste cego de cervejas. A metodologia adotada e os resultados são apresentados abaixo.
Foram utilizadas 12 marcas: as mais tradicionais Bohemia, Brahma, Antarctica e Skol, as criticadas Nova Schin, Kaiser, Bavária Premium, Primus e Colônia, além das obscuras Krill, Glacial e Santa Cerva. O único membro não-alcoólatra do grupo foi chamado a servir de facilitador.
O teste aconteceu em duas rodadas, com seis marcas cada, mesclando marcas mais conhecidas e obscuras aleatoriamente. O resultado é que, ou ninguém entende patavina de cerveja ou a cerveja nacional é um lixo só, ou os dois, o que é mais provável.
O índice de acerto foi de 20,4%, com o campeão tendo identificado corretamente quatro marcas (33,3% de acerto), mas com 75% de chutes porque nunca havia provado três delas antes. A maioria das pessoas acertou apenas duas ou três marcas. As estatísticas não mostraram maior índice de acerto entre homens ou mulheres.
A marca mais corretamente identificada foi a Bohemia (66,6% de palpites corretos), o que evidencia que esta cerveja de fato tem um sabor diferente e algo superior. Em seguida, veio a Skol, com 55%.
A marca mais abominada foi a Krill. Quase unanimemente os participantes manifestaram seu forte descontentamento diante do marcante aroma de xixi e do retrogosto persistente de ovo choco, embora ninguém tenha acertado a marca, já que não havíamos provado antes desta maravilha da cervejaria nacional.
Por fim, caíram por terra os preconceitos contra a Kaiser e a Nova Schin. Eu, por exemplo, disse que a Kaiser era Antarctica e identifiquei a Nova Schin como uma Brahma. Vários dos participantes classificaram os sabores destas marcas como “bom”.
Houve forte correlação negativa (r2=-0,65) entre proporção de acertos e aumento do grau alcoólico dos participantes. Por fim, enquete levada a cabo esta manhã mostrou fortíssima e inquestionável correlação positiva entre nível de ressaca e nota atribuída à marca Krill (r2=0,93). Quanto melhor o participante considerou esta marca, mais grossa era sua voz ao telefone hoje cedo.
yuri vieira
Pô, Pedro, ce sabe eu só acertei três marcas na segunda rodada – e nenhuma na primeira – porque eu imaginei que aquela tabela deveria ser preenchida da mesma forma que o gabarito de respostas do vestibular da UnB. (Fiquei tonto na primeira tulipa e tive um flash back de vestibulando.) Aliás, eu preciso parar de passar – e apenas passar -nos vestibulares da UnB…
{}’s
paulo paiva
Acho que este teste tem que ser refeito. Eu exijo uma contratraprova, pois eu não pude comparecer ao evento, o que torna o resultado anti científico!
Tati
Pedro, bacana esse teste cego de cervejas, se algum dia resolver fazer um para uísque, estou me convidando desde já. Só me avisa com antecedência para chegar a tempo, pois moro em Brasília.
Bejinhos
Tati
sunami chun
Fiquei com vontade de experimentar essa tal de Krill, até o nome é horrível….
abs, chun