Olá Rodrigo
Fiquei feliz com seu comentário, afinal, mostrou mais consideração pelo nosso projeto – o Garganta de Fogo é sim um projeto e sem apoio estatal 🙂 -, pelo Alex e até por mim mesmo, já que, se eu fosse tão pseudo como vc parece colocar, não teria provocado tão longo e cuidadoso comentário da sua parte. Cuidadoso é a palavra certa. Muita gente entra aqui, passa a mão na cabeça do autor do texto, sai de fininho e a gente nem fica sabendo se curtiu mesmo o que leu ou se só está sendo legal com o amiguelho. Não é bom para o ego ficar a receber tão somente carícias de seda. William Blake é autor de um dos dísticos deste site (veja na coluna à direita o “Bem Dito”): “Oposição é verdadeira amizade”. Você pode sair pelo blog a ler os demais autores e confirmar. Eu posso ter lhe parecido um escroto – tal como avisei logo no primeiro comentário – mas permito que escrevam por aqui o que bem entendem, ao ponto de alguns ultrapassarem limites, tal como minha amiga Jamila, que praticamente me chama de burro neste outro post. Claro que já estou elaborando a resposta, na qual, entre várias outras coisas, explico o porquê de o termo eDitador ser uma mera piada – todos publicam antes mesmo de eu saber que estão escrevendo – e que quem realmente manda por aqui (até mesmo em mim) é a amizade que tenho por todos. Eu sou o eDitador apenas porque sou o único do site que conhece e é amigo de todos os demais há muitos anos já. Por isso, Rodrigo, encare isso aqui como uma mesa de boteco, onde todos discutem fundados na amizade e confiança mútua, sem deixar que faíscas mais luminosas e quentes afetem de fato a relação.
Se fui desrespeitoso com vc, me desculpe, mas, como já disse, às vezes me cansa não somente a superficialidade das interações, mas principalmente o fato de que, se escrevo como escrevo, é porque me sinto como um bicho acuado em meio a visões de mundo completamente diferentes e, perdoe mais este descaramento, ultrapassadas para mim. Sou o único “fanático religioso” deste site e provavelmente, entre os blogs nacionais, o único que acredita na utopia de se levar adiante um veículo com opiniões tão heterogêneas e divergentes entre si. Já que vc citou o Ricardo Calaça, pergunte a ele quem eu sou. Dividimos um apartamento na UnB por cinco anos. Talvez ele lhe diga que eu fiquei louco (todo convertido torna-se um louco para seus antigos amigos), mas a verdade é que, após o amadurecimento, finalmente tenho coragem, disposição e embasamento para defender minhas próprias idéias. Eu já fui expulso de duas listas de discussões simplesmente por discordar da opinião dos eDitadores (moderadores) de plantão. Aqui isso nunca irá acontecer.
No demais, Rodrigo, não entrarei nos méritos do estatismo, liberalismo, educação, cultura e outras questões que vc coloca, e isso não por fugir da raia, mas porque, caso vc tenha algum interesse, verá que não apenas neste blog, mas também no meu site principal (karaloka.net), já discuti a respeito mais até do que o necessário, afinal, como vc bem notou, apenas “banco o intelectual” quando na verdade sou apenas um escritor de ficção, embora reconhecido até mesmo pelo Bruno Tolentino, Olavo de Carvalho, Millôr Fernandes e Hilda Hilst, com quem morei por mais de dois anos. A diferença é que, quando banco o intelectual, eu o faço da melhor forma que me é possível, tentando não estar, no processo, distraído a ponto de cometer sequer erros de ortografia ou sintaxe, quanto mais de intuição empírica e intelectual.
Espero, bróder, que você retorne sempre e, principalmente, que o Alex – que também morou comigo e o Ricardo na UnB, sendo um verdadeiro irmão para mim – que o Alex não se sinta constrangido em publicar por aqui, imaginando que o “efeito Yuri” – foi assim que ficou conhecido esse tipo de incidente numa das listas de que fui expulso – imaginando que o “efeito Yuri” irá espantar seus leitores atuais e potenciais. Se pessoalmente sou diplomático ao extremo – meu ascendente é libra -, não consigo evitar de, ao escrever, ser meu próprio signo solar. Dizia Flaubert, “viver como um cordeiro, escrever como um leão”. Digo eu: viver como um libriano, mas escrever como um escorpião, o meu signo solar.
Forte abraço
Yuri
Vinicius
Yuri,
Sócrates foi condenado justamente por defender sua idéias.
Rodrigo é de uma mediocridade intelectual tamanha que não merece o meu esforço de explicitar neste espaço.
Pactuo de suas “dores”.
Abração!!!
yuri vieira
Fala, bróder!
Bem que eu queria ter um daemon como o do Sócrates, Vinicius, uma voz me dando dicas e conselhos infalíveis dentro da minha cabeça, mas eu não consigo ter sequer um Mister Hat.
Ao menos o Rodrigo (não é o nosso colaborador mas outro) adotou uma linha mais sincera e aberta.
Abração!!
daniel christino
O “efeito Yuri”?!?! Um post no blog pode provocar um tsunami em Cuba. 🙂
Jamila
Yuri, depois precisamos conversar sobre essa acusação de que eu te chamei de burro. Foi o Vinícius que te levou a chegar a essa conclusão????Kakakakak
Tá Vinícius, não tô de marcação com você, mas naõ pude resistir…
Eu não chamei ninguém de burro, eu quis fazer uma crítica genérica a alguns posicionamentos.
Eu e a minha péssima escolha de palavras. deve ser esse meu Marte em Gêmeos. Foi mal.
Vinicius
Jamila,
Creio que o seu problema está em outra esfera.
Se é que me entende…