Cada vez que assisto a um desses filmes onde bandidos inteligentíssimos se safam ao final felizes com seus recém adquiridos milhões de dólares, em que homens e mulheres papam um parceiro após o outro como se estes fossem produtos da McDonalds, em que assassinos em série possuem mais fundamentos metafísicos para realizar o que fazem do que os policiais que os perseguem, em que soldados ficam chorando de medo da morte e pirando com a falta de sentido do mundo e do que estão a fazer, e assim por diante, nestes momentos começo a imaginar o que Bin Laden acharia de um filmes desses. Minha conclusão: aposto que ele confirma sua teoria de que o Ocidente – e sobretudo os EUA – são o próprio Diabo mais através do nosso cinema que das nossas atividades políticas. Osama deve dar palestras para seus sequazes enquanto lhes projeta nossas últimas novidades cinematográficas. E digo “nossas” pelo motivo óbvio de que somos ocidentais e de que o cinema brasileiro, de um modo geral, quase pede para que se jogue um avião contra o Morro do Corcovado. E daí, né? Nenhum Artista ocidental parece mesmo se lembrar daquilo que disse o dono do morro…