Estou na página 311 de A Montanha Mágica, do Thomas Mann, e a sensação que tenho é de que o livro ainda não começou. A única coisa que rolou comigo até agora foi uma pleurisia. Somatização? Creio que não. Inverno seco, só isso. Sei apenas que se fosse Dostoiévski eu já estaria com os cabelos em pé. Os alemães costumam ter a carne literária meio dura mesmo. Demorei a curtir o Goethe, mas até hoje tenho em minha mente as imagens do Fausto, que li há uns dez anos. O Jünger é um excelente pensador, mas sua narrativa empolga tanto quanto uma ida ao dentista. Bem, vou dar um crédito ao mestre Mann, cuja Morte em Veneza muito me tocou. Afinal ainda faltam 675 páginas para o final d’A Montanha…
Julia
Olha, talvez eu seja meio devagarzinha, mas só entendi o porque do livro ser bom nas últimas três páginas. Não vai acontecer nada mesmo, então relaxa e vai lendo. Talvez eu tivesse entendido se antes tivesse lido resenhas ou artigos sobre o livro, mas eu fui inocente.