Nossa, que textículo mais reba esse do Alex Castro. Será que é onda dele ou a vida acadêmica faz mesmo tão mau assim? De fato, sou muito mais o outro Alex (o incrível Lord ASS)!
Sofri desse mesmo mal de buscar tendências ideológicas em todo trabalho criativo quando, em 1996, na UnB, estudei Crítica literária com o Flávio René Kothe. Depois fui seu monitor de Teoria literária e a coisa se acentuou. O Flávio, a quem respeito muito, é marxista via Escola de Frankfurt. Até que foi bom enquanto durou. (Me refiro à mania de procurar ideologias.) Mas a gente tem de seguir adiante, ampliar a visão. Achar que as tendências ideológicas duma obra literária servem de critério ótimo para julgá-la vale tanto quanto julgar o sexo por seu caráter meramente procriativo. As lésbiscas transam para procriar? Shakespeare escreveu suas tragédias aristocráticas apenas para garantir a perpetuação (procriação) do regime? Estética é outra coisa. Essa mania de farejar a “luta de classes” em obras de arte não é senão, como diz o Harold Bloom, a vontade de transformação social advinda da “Escola do Ressentimento”. Coisa de espíritos imaturos. Queiram ou não os ressentidos, o mundo segue seu próprio caminho.
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Eu acho que isso depende da corrente metodológica que se adota. A crítica genética, por exemplo, é obrigada a analisar o contexto ideológico no qual a obra foi gerada. A crítica psicanalítica, por outro lado, está mais interessada nas relações intersubjetivas entre personagens e nas implicações psicológicas do autor ao realizar a obra. Já a crítica temática toma a obra como um todo autônomo em relação ao contexto social e à intencionalidade do autor. Levar em consideração a ideologia depende mais do método de análise do que de uma evolução espirital do crítico. Em qualquer dos caso tomar apenas a ideologia como variável na análise é um erro.
paulo paiva
Nossa, que textículo mais reba esse do Alex Castro. Será que é onda dele ou a vida acadêmica faz mesmo tão mau assim? De fato, sou muito mais o outro Alex (o incrível Lord ASS)!
yuri vieira
Sofri desse mesmo mal de buscar tendências ideológicas em todo trabalho criativo quando, em 1996, na UnB, estudei Crítica literária com o Flávio René Kothe. Depois fui seu monitor de Teoria literária e a coisa se acentuou. O Flávio, a quem respeito muito, é marxista via Escola de Frankfurt. Até que foi bom enquanto durou. (Me refiro à mania de procurar ideologias.) Mas a gente tem de seguir adiante, ampliar a visão. Achar que as tendências ideológicas duma obra literária servem de critério ótimo para julgá-la vale tanto quanto julgar o sexo por seu caráter meramente procriativo. As lésbiscas transam para procriar? Shakespeare escreveu suas tragédias aristocráticas apenas para garantir a perpetuação (procriação) do regime? Estética é outra coisa. Essa mania de farejar a “luta de classes” em obras de arte não é senão, como diz o Harold Bloom, a vontade de transformação social advinda da “Escola do Ressentimento”. Coisa de espíritos imaturos. Queiram ou não os ressentidos, o mundo segue seu próprio caminho.
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daniel christino
Eu acho que isso depende da corrente metodológica que se adota. A crítica genética, por exemplo, é obrigada a analisar o contexto ideológico no qual a obra foi gerada. A crítica psicanalítica, por outro lado, está mais interessada nas relações intersubjetivas entre personagens e nas implicações psicológicas do autor ao realizar a obra. Já a crítica temática toma a obra como um todo autônomo em relação ao contexto social e à intencionalidade do autor. Levar em consideração a ideologia depende mais do método de análise do que de uma evolução espirital do crítico. Em qualquer dos caso tomar apenas a ideologia como variável na análise é um erro.