Fiquei umas duas ou três semanas envolvido com a pré-produção do meu curta-metragem, o que me afastou das notícias quentes de última hora, e acabei postergando a alimentação do meu perene estado de espanto. O Brasil não é – como diz o José Simão – o país da piada pronta, mas o país do senso moral inexistente. O que me assusta não são essas novas revelações, mas a total atonia da sociedade perante tudo o que vem rolando… morro abaixo. Talvez seja esta a técnica de esquiva utilizada por esse governo corruPTo: “aumente os impostos, deixe todos muito ocupados a nos bancar, trabalhando de sol a sol, e eles sequer terão tempo para se inteirar do que vem ocorrendo”.
As denúncias da empresária Sílvia Pfeiffer envolvem amigos do Lula (Valter Sâmara), a secretária do Lula (Mônica), os petistas de sempre (José Dirceu, Marcos Valério, Duda Mendonça, etc.), toda a diretoria da INFRAERO (Eleuza Therezinha Lopes, Eurico José Bernardo Loyo, Fernando Brendaglia, etc.), o ex-presidente da INFRAERO (Carlos Wilson), o Ministro da Agricultura (Reinhold Stephanes), o ex-prefeito de Curitiba (Cássio Taniguchi), empreiteiros, arquitetos, publicitários, deputados, etc., etc. Todos metidos num daqueles esquemas de corrupção, Caixa 2, desvio de divisas e obscenidades do gênero, que, segundo ela, ainda estão em funcionamento. Ô país podre, é de dar nojo. Fica cada vez mais fácil discernir que tipo de literatura esse paiseco precisa.
A matéria é da revista Isto É #1956 e a entrevista pode ser lida aqui. Se preferir, baixe o arquivo em doc.