Michael Phelps abraça a mãe e a irmã em meio a uma multidão de fotógrafos, após a oitava melhada de ouro.
Jonathan Newton/The Washington Post
The Games, Framed, blog sobre as Olimpíadas de Jonathan Newton, fotógrafo do Washington Post.
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filipe
incrível como phelps transformou esses jogos olímpicos.
até que ele ganhasse a oitava medalha de ouro, não se falava em absolutamente mais nada nas olimpíadas. os eua levavam uma surra no quadro de medalhas.
nas primeiras competições, era inacreditável observar a marquinha dos recordes alguns segundos atrás dos vencedores de cada prova. o michael phelps pulverizava os recordes olímpicos e mundiais.
com o desgaste físico (e talvez psicológico), evidente na prova dos 100m borboleta vencida pelo norte-americano por centésimos de segundos, veio a dúvida da capacidade do nadador. não me refiro aqui ao potencial anormal do atleta (potencial de vencedor), mas à sua capacidade de transpor situações completamente estressantes até ganhar as OITO medalhas de ouro. percebemos o quão estreito é esse limiar quando observamos a derrota psicológica do diego hipólito. na competição derradeira, objetivo dos últimos quatro anos; no último movimento, treinado exaustivamente para confirmar seu favoritismo absoluto; o último passo antes do fracasso total.
nesse ponto, o phelps demonstra sua genialidade. por oito vezes (sem contar as provas classificatórias até as finais) ele foi absolutamente um gênio. técnica, esforço físico, espírito e controle emocional. “mente quieta, espinha ereta e o coraçao tranquilo”. cada uma das oito vezes. é incrível.
claro, historicamente vai ficar o mito e seu feito. ninguém vai lembrar, por exemplo, que o comitê olímpico norte-americano investiu tudo no michael phelps. os eua levam uma surra arrasadora no quadro de medalhas pra china. mas sempre teve uma equipe de treinamento e trabalho psicológico especial pro phelps e sua sina. nas provas de nado por equipe, algumas vezes os nadadores titulares eram poupados para que, no momento derradeiro, nao deixassem o phelps (e seu objetivo) na mão. inclusive, para que o desempenho do maior atleta olímpico de todos os tempos não fique tão distoado do restante da delegação, eles manipulam o quadro de medalhas com aquele jeitinho que só os norte-americanos sabem fazer: as medalhas de ouro não são mais importantes que o total de medalhas. assim, a china não assume o posto de maior potência esportiva e, também assim, o espírito olímpico vai por água a baixo.
tudo por conta do phelps.