blog do escritor yuri vieira e convidados...

Categoria: Esportes Page 1 of 7

Visions of China, por Mike Powell

Mike Powell for NEWSWEEK

Salto com vara, masculino
Mike Powell for NEWSWEEK

Mike Powell for NEWSWEEK

Ana Paula, no vôlei de praia
Mike Powell for NEWSWEEK

Mike Powell em Visions of China, blog de fotógrafos da Newsweek sobre os Jogos de Pequim

360º em Pequim

O fotógrafo finlandês Kari Kuukka colocou em seu blog sobre os Jogos de Pequim uma imagem em 360° muito bacana para mostrar sua posição dentro do Ninho do Pássaro durante as provas de atletismo.

Visions of China, por Vincent Laforet

Tsuboi Gustavo of Brazil (bottom) and Peter-Paul Pradeeban of Canada playing table tennis in this long exposure from overhead. Photo by Vincent Laforet for NEWSWEEK

Tsuboi Gustavo, do Brasil (de verde), e Peter-Paul Pradeeban, do Canadá
Photo by Vincent Laforet for NEWSWEEK

France\'s Patrick Chila serving against Janos Jacob, who he defeated, in table tennis. Photo by Vincent Laforet for NEWSWEEK

Patrick Chila, da França, saca no jogo contra Janos Jacob
Photo by Vincent Laforet for NEWSWEEK

Vincent Laforet for NEWSWEEK

Ange Mercie Jean Baptiste, judoca do Haiti

Vincent Laforet em Visions of China, blog de fotógrafos da Newsweek sobre os Jogos de Pequim

Olympic Photo Blog

2a0cd3f5a60fb05a259a0c682e19141d.jpg
Tonya Verbeek, atleta canadense de luta livre, cuja roupa de baixo traz a frase: "Chutando bundas desde 1993, continuando em 2008!!!”
Steve Russel/Toronto Star

Olympic Photo Blog, sobre os Jogos de Pequim, do Toronto Star

The Games, Framed

4c49074344e885e8328b0628e735cdb2.jpg
Michael Phelps abraça a mãe e a irmã em meio a uma multidão de fotógrafos, após a oitava melhada de ouro.
Jonathan Newton/The Washington Post

The Games, Framed, blog sobre as Olimpíadas de Jonathan Newton, fotógrafo do Washington Post.

O pugilista cubano

Boa história, bom texto.

Do Estadão:

Critérios

Declaração de Ronaldinho à imprensa:

“Posso curtir um traveco de vez em quando, mas nunca matei meu filho”.

Declaração do ex-prefeito de Nova Iorque:

“Pelo menos eu tenho bom gosto”.

Declaração de Ronaldinho ao ver o traveco sem roupa:

“Nossa, que clitóris grande”.

Surfando Gigantes

Giants

Ontem tarde da noite, finalmente assisti, por acaso na tv a cabo, a Riding Giants, o celebrado documentário de Stacy Peralta sobre o mundo do surf. Não há muito o que dizer: simplesmente imperdível. De arrepiar. Incrível a quantidade de material de todas as épocas em excelente qualidade fotográfica. Parece que em todos os momentos importantes da história do surf havia uma câmera rodando. Os depoimentos de todos os grandes caras são ótimos: profundos, fortes e reflexivos. E as ondas muito muito muito grandes!

Eu sempre penso que ainda não há um documentário equivalente sobre escalada. Ainda que Touching the Void seja maravilhoso, não tem a mesma pretensão de traçar um panorama histórico e fazer uma espécie de reflexão filosófica sobre o que leva homens a arriscarem suas vidas, no caso em montanhas, assim como Riding Giants o faz em relação às ondas do oceano. Na verdade, tenho um projeto assim engavetado sobre escalada em rocha no Brasil, em parceria com o Armando Galassini, o Alexandre Portela e o Sério Tartari, três monstros da escalada nacional. Chama-se “Tragados pelo Tempo”, mas ainda não está na hora.

Sir Edmund Hillary (1919-2008)

Meu mundo nunca teve muitos heróis. Sou de uma geração pobre deles. Não porque morreram de overdose como os do Cazuza e seus contemporâneos. Não. Eles simplesmente desapareceram num mundo de “celebridades” tão escadalosamente fluorescentes quanto voláteis. Isso é mais triste que parece. É solitário viver sem heróis. Ficamos sarcásticos e cínicos quando crescemos iconoclastas. Até os super heróis dos quadrinhos têm segredos sórdidos, preferências sexuais pouco ortodoxas, medos incontidos. Nada escapa aos olhos crus de uma adolescente órfã de heróis.

Meio desesperada e ainda adolescente, adotei alguns dos meus pais e sofri com a morte moral de um deles recentemente, o Genoíno. Já adulta, tomei outros do meu irmão, mais fortes e interessantes com suas conquistas extremas, mas distantes da minha realidade de café e sofá.

Apenas um deles ficou e se tornou mais próximo quando me mandei de mala e cuia pras Antípodas. Sir Edmund Hillary, o primeiro ocidental que nos anos 50 escalou o Everest.

Esse ícone nacional da Nova Zelândia, estampado na nota de 5 dólares neozelandeses e exemplo do que se pode chamar de cultura kiwi ou “kiwi lifestyle” assumiu um papel importante na minha “educação” para um mundo melhorado, povoado por pessoas com valores fundamentais que não mudam com o tempo. Um mundo com heróis finalmente!

Quando vim pra cá morar ao pé do Ruapehu (o vulcão), soube que Sir Ed (como era chamado por aqui), aos 16, numa excursão da escola ao Ruapehu, ficou fascinado pela montanha. Não o culpo. Eu, que vim do Planalto Central, sofri uma espécie de epifania diante “dele”, coberto de neve, radiante numa noite clara de verão.

É quase ridículo assumir publicamente que me senti próxima do herói. Eu, uma medrosa profissional, de repente, entendi melhor meu irmão e suas aventuras, suas conquistas e, finalmente, seus heróis – Shackleton, Scott, Klink, Blake, Cousteau…Hillary.
Depois, à medida em que ia me aclimatando, o jeito “kiwi” de viver pareceu menos absurdo e rude. O DIY (Do it yourself), o andar descalço, o prático antes do bonito… E, mais uma vez, Sir Ed, que se definia como um “ordinary kiwi bloke” (um neozelandês comum), serviu de modelo.

Ele subiu o Everest, chegou ao Pólo Sul, subiu o Ganges e muito mais. Sobreviveu a todos os tipos de intempéries naturais e interiores até falecer hoje, aos 88 anos, na mesma casa de fazenda em que nasceu, nos arredores de Auckland, e para onde sempre voltou depois de cada viagem.

O Himalaia tomou-lhe bons anos de vida (incluindo as expedições e depois a construção de hospitais e escolas com os fundos de ajudou a levantar mundo afora), a mulher e a filha adolescente (mortas num acidente de avião nas montanhas nos anos 70), a alegria de viver (uma depressão que durou anos depois do acidente). Mas o herói, e mais herói por isso, sempre contou do que as montanhas lhe deram, do que aprendeu perambulando por lugares longínquos e, principalmente, por entre as pessoas que lá vivem, como os Sherpa, que, segundo ele, resgataram-lhe a paz de espírito.

Fiquei triste com sua morte hoje. Não é fácil saber da morte de um herói, ainda mais com tão poucos. Procurei consolo falando dele pra minha filha, que me ouviu com olhinhos arregalados e curiosos de bebê. “Kiwi” como Hillary, Clarice crescerá ouvindo muito sobre o herói de seus pais até que encontre os seus próprios. Até lá, Clarice, como diria Sir Ed, “be determinate, aim high”!

A logomarca das Olimpíadas de Beijing

Recebi esta imagem do Diogo Chiuso:

Page 1 of 7

Desenvolvido em WordPress & Tema por Anders Norén