Do livro Sobre o Ofício do Escritor, de Arthur Schopenhauer, que ganhei ontem do Bibliotecário de Alexandria, isto é, do meu pai:
“Quem escreve sem esmero confessa, antes de mais nada, que nem ele mesmo atribui grande valor a seus pensamentos. Pois apenas da convicção sobre a verdade e da importância de nossos pensamentos nasce o entusiasmo que é exigido para estarmos sempre atentos, com perseverança infatigável, à sua expressão mais clara, bela e vigorosa – do mesmo modo como apenas para coisas sagradas ou obras de arte inestimáveis, usam-se recipientes de prata ou de ouro. Eis porque os antigos, cujos pensamentos continuam a viver em suas palavras há milênios e, em virtude disso, portam o título honorífico de clássicos, escreveram sempre com grande zelo.” (Pág.114)