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Manifesto Holodomor 1932-33

DOS PARICIPANTES DO 4º FORUM MUNDIAL DE UCRANIANOS (KYIV,24.08.06) PARA A COMUNIDADE INTERNACIONAL, GOVERNOS E PARLAMENTOS DOS PAISES DO MUNDO, INSTITUIÇÕES MUNDIAIS

A Grande Fome (Holodomor) de 1932-33 na Ucrânia não é um simples passado histórico, é antes de tudo uma maciça ação terrorista do regime comunista contra a pacífica população, a qual não possui características de antiguidade e de esquecimento.

Foram 10 milhões de ucranianos mortos pela fome artificialmente organizada, a fim de um criminoso objetivo político – enfraquecer e destruir a laboriosa e amante da paz classe camponesa, a base social da nação ucraniana.

Essa tragédia espanta não tão somente pelo número de suas vítimas, principalmente entre as crianças. Espanta, antes de tudo, pelo frio, criminoso e insistente silenciamento, negação do acontecido, motivados pelos princípios ideológicos e políticos. Os ucranianos assassinados nunca foram reconhecidos pelo regime comunista como vítimas do terror político.

Amnésia moral de certas forças políticas, que herdaram a criminosa ideologia comunista, retardam o reconhecimento da Grande Fome de 1932-33 como genocídio do povo ucraniano. O número de testemunhas do crime está diminuindo, ficando como prova documentos; a memória histórica está se apagando; sobrando nos cemitérios placas e, destruídas pelo tempo, as cruzes de madeira.

Em relação a isso, ficam atuais as palavras do presidente da Ucrânia Viktor Iuchtchenko, proferidas em setembro de 2005 nas Nações Unidas: “O mundo deve saber a verdade sobre todos os crimes contra a humanidade. Somente desta forma teremos a certeza que a indiferença nunca mais irá atrair os criminosos”.

Em breve, a tragédia de Holodomor completará o 75º aniversário e durante estes anos houve varias tentativas de alertar e apelar ao mundo para avaliar o Holodomor de acordo com as leis e padrões jurídicos e políticos internacionais.

Durante o verão de 1933, presidente do governo ucraniano no exterior sr. Oleksander Chulhin dirigiu-se à Liga das Nações, alertando o órgão sobre a tragédia e pedindo, em nome de toda comunidade ucraniana no exterior, para fazer sua correta avaliação político-juridica. Em 1984, pela iniciativa do Congresso Mundial dos Ucranianos Livres, iniciou atividade a Comissão Internacional, estudando e analisando causas e conseqüências do Holodomor. O presidente da comissão era sr. Iacob Sundberg, professor da Universidade de Estocolmo. O mesmo, que neste 4º Fórum proferiu a palestra “Holodomor 1932-33 – A tragédia de dimensão mundial”.

Com a independência da Ucrânia, proclamada em 1991 e cujo 15º aniversário foi festejado em 24.08.06, aos estudos sobre Holodomor serão acrescentadas as versões jurídico-politicas levadas ao mundo. Os parlamentos de 10 paises, como Estados Unidos, Canadá, Estónia, Argentina, Austrália, Itália, Hungria, Lituânia, Geórgia e Polônia já reconheceram Holodomor como genocídio do povo ucraniano e desta forma expressaram a sua opinião sobre este horrendo crime. Na 58ª seção da Assembléia Geral da Nações Unidas foi elaborada uma declaração apoiada pelas 63 nações, incluindo no Dicionário Internacional o termo Holodomor e confirmando assim o reconhecimento da tragédia do povo ucraniano.

Em abril 2005, o ministro de exterior ucraniano Borys Tarasiuk conclamou seus colegas da União das Nações Independentes (SND) à reconhecer Holodomor como genocídio. O reconhecimento do Holodomor como genocídio foi provado pelos trabalhos de historiadores nacionais e do exterior, utilizando para isso provas documentais encontradas nos, recentemente abertos arquivos policiais. Estes estudos foram confirmados pela comissão do 4º Fórum.

Nós conclamamos todas as pessoas de boa vontade em qualquer parte do mundo a preservar e celebrar a memória sobre o Holodomor e com todos os meios possíveis favorecer a divulgação da verdade sobre esta tragédia.

Nós nos dirigimos ao presidente da Ucrânia, ao Gabinete de Ministros e parlamento Verkhovna Rada com o pedido de colocar o assunto Holodomor de 1932-33 na ordem do dia e reconhecê-lo como genocídio do povo ucraniano. Solicitamos ainda ouvir sobre o assunto provas e argumentos de pesquisadores especializados e aprovar os custos para a construção de um complexo “Holodomor 1932-33”. Pedimos ainda para que o sr. Presidente estabeleça um “ Dia de Aflição” dedicado a memória de todas as vítimas da Grande Fome.

Nos conclamamos todos os governos e parlamentos de todo o mundo, órgãos centrais e locais , as instituições publicas e privadas e todos os homens de boa vontade do planeta Terra à participar das anuais celebrações sobre as vitimas do Holodomor 1932-33, ocorrido na Ucrânia. Favorecer a divulgação, através dos meios de comunicação em massa, da verdade sobre a tragédia e reconhecê-la como genocídio.

Estejamos dispostos a lutar contra qualquer das manifestações de regimes totalitários e suas ideologias, contra o desrespeito à dignidade e liberdade do homem!

Eterna esteja a memória às vitimas do Holodomor, camponeses ucranianos!

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5 Comments

  1. jose

    Estejamos dispostos a lutar contra qualquer das manifestações de regimes totalitários e suas ideologias, contra o desrespeito à dignidade e liberdade do homem!
    Isso é tudo treta.

  2. A fome que ocorreu em praticamente todo o território da União Soviética devido às colectivizações e à correspondente resistência dos kulaks, não se categoriza como genocídio, de maneira nenhuma.
    Qual a responsabilidade de Stanislav Kosior e Vlas Chubar nas ocorrências em comparação com as de Estaline? Ainda hoje se nega que muitos kulaks queimaram as colheitas como forma de protesto contra as colectivizações. Porquê?

    Censos oficiais

    População ucraniana

    1926 – 31,194,976

    1939 – 28,070,404

    Portanto houve um decréscimo de 3 milhões de pessoas em 13 anos. À equação temos que juntar a volga famine entre 1920 e 1922, ajudou a quebrar a taxa de natalidade de tal forma que em 1936, o governo vê-se forçado a proibir o aborto, para fazer aumentar o número de nascimentos.

    Para morrerem 3 milhões de pessoas fora dos padrões demográficos, em 13 anos, era preciso que o número de nados-vivos fosse igual ao número de mortos compreendidos nos padrões demográficos.
    1ª Hipótese
    10 milhões de mortos entre 1931 e 1933, como defende Yushchenko.

    IMPOSSÍVEL

    2ª Hipótese
    7.5 milhões de mortos entre 1931 e 1933.

    IMPOSSÍVEL

    3ª Hipótese
    4 milhões de mortos entre 1931 e 1933. Vamos investigar.
    Face ao panorama Ucrâniano, estamos a supôr que a população teve que aumentar 1 milhão em 13 anos, para matemáticamente, poderem morrer 4 milhões. Isso dá uma taxa de crescimento superior a 1 que já não faz muito sentido numa altura de fomes, epidemias, guerras e aborto livre até 1936.
    Em Portugal, entre 1991 e 2001, passou-se de 10 356 117 para 9 867 147. Ou seja, Portugal em anos prósperos, sem aborto, e com uma enorme imigração dos países das ex-colónias, diminue a população. Enquanto que a Ucrânia nos anos 30, com aborto livre, epidemias e guerras civis, consegue aumentar a população em 1 milhão em 13 anos.

    Muito Improvável

    Aconselho a leitura deste livro, sobre a história do “holodomor”.

    Podem sacar aqui

    Fraud, Famine and Fascism
    The Ukrainian Genocide Myth from Hitler to Harvard

    by Douglas Tottle

    Basicamente desmonta uma data de mentiras sobre o “holodomor”, sobretudo a parte fotográfica, onde o autor descobre que a maioria das fotos usadas nos media eram do periodo 1920-22.

    As imagens podem ver aqui

    Em suma, houve fomes fruto das colectivizações onde morreram pessoas. Mas, jamais aceitarei esse “show off” de números ideologicamente comprometidos, que não cabem no âmbito da matemática, nem da honestidade.

  3. luis

    Em relação a um certo profissional da desconversa e com esqueletos a abarrotar nos armários do totalitarismo vermelho – de seu nome Doutormartins – só faço o seguinte comentário: padece de paranóia conspirativa e de sectarismo político e ideologicamente comprometido, que não cabe no âmbito da matemática, nem da honestidade.

    A propósito do pseudo-erudito Douglas Tottle, aqui vai o seguinte comentário lapidar:
    “An example of a late-era Holodomor objector is Canadian journalist Douglas Tottle, author of Fraud, Famine and Fascism: The Ukrainian Genocide Myth from Hitler to Harvard (1987). Tottle claims that while there were severe economic hardships in Ukraine, the idea of the Holodomor was fabricated as propaganda by Nazi Germany and William Randolph Hearst to justify a German invasion. Tottle is not a professional historian and his revisionist work did not receive any serious attention in the historiography of the subject.”

    http://en.wikipedia.org/wiki/Holodomor

    Tenha juízo e não trate os outros por parvos…

  4. luis

    E quanto ao Sr. José, que considera o Manifesto do Holodomor uma “treta”, revela possuir duas características que não são nenhuma “treta”, mas sim, bastante genuínas: a estupidez e o cinismo, ambas em grau puríssimo!
    Sinto por si uma mistura de nojo e compaixão!

  5. Nicolae da Romênia

    Cem Milhões de mortos no comunismo satanico e aí temos nesse Ocidente liberasta e degenerado duvidando das vitimas dos bandidos comunistas! Temos ainda liberastas degenerados portugueses e outros frescos que nunca viram uma ditadura,negando o Holodomor ucraniano e os crimes das Bestas Sub-Humanas Comunistas! Salazar foi burro que também não matou tantos comunistas portugas quantos morreram dos nossos nos Campos de Exterminio Comunistas!Morte ao comunismo!

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