Da revista Isto É Dinheiro:
Brasil tem as cidades mais desiguais
O relatório “Estado das Cidades no Mundo 2008/2009”, divulgado na semana passada pela Agência das Nações Unidas para a Habitação, apresentou dados alarmantes referentes ao Brasil. Segundo o estudo, as cidades brasileiras têm hoje as maiores desigualdades de distribuição de renda no mundo. Pior ainda: Goiânia (GO) é a campeã mundial, seguida de Brasília, Belo Horizonte, Fortaleza e São Paulo. Acompanhe a seguir os principais dados da pesquisa.
• As Nações Unidas utilizam o coeficiente Gini, indicador que mede a concentração de renda de um país e que aponta desigualdade maior à medida que se aproxima do número 1. No ranking, Goiânia obteve Gini 0,65, o maior do mundo. Segundo a ONU, a linha de alerta começa em 0,4.
• 29% da população urbana do Brasil vive em favelas. Entre as cidades brasileiras, o Rio de Janeiro é a recordista, com índice de 40%. Na América Latina, 27% da população habita moradias consideradas inadequadas.
• Metade da população mundial vive atualmente em cidades. Em 2040, esse índice pode chegar a 70%.
• São Paulo é a quarta megacidade do planeta, com 18,8 milhões de habitantes. Projeções da ONU indicam que a capital paulista será a segunda maior cidade do mundo em no máximo 20 anos.
• O inchaço das grandes cidades aumenta os riscos ambientais. Se nada for feito, a ONU atribui 58 mil mortes prematuras por ano à poluição do ar nas áreas urbanas da América Latina.
rodrigo fiume
Yuri, isso foi manchete do Popular no dia do seu aniversário.
Abs. R.
yuri vieira
Eu lia O Popular quando escrevia crônicas e artigos pro Caderno Pop do mesmo. Ainda leria se o site não tivesse “acesso restrito a assinantes” em quase todas as matérias.
Mudando de assunto, dia 24 de Outubro não foi apenas meu aniversário, mas também de Goiânia e da ONU. Que coisa, hem.
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daniel christino
Nosso querido prefeito Iris Rezende cuspiu marimbondos por causa dessa pesquisa da ONU-Habitat. Disse que Goiânia também era uma das melhores capitais para se morar e a mais “verde” do País.
Eu achei simplesmente natural que assim fosse. É o processo de consolidação da elite econômica da cidade. Além disso, o grosso da riqueza está associado a uma ou duas atividades econômicas principais (agronegócio e serviços). Isso por si só concentra renda. Relevante também é o processo migratório do Norte e Nordeste para cá.
A pesquisa, acho eu, tem um forte impacto no papel da prefeitura – por isso o Iris ficou puto. Numa cidade com esse perfil, talvez fosse importante rever algumas políticas publicas, principalmente a política fiscal. Quando trabalhei no DM, na editoria de bairros, vi coisas aterradoras nas periferias da cidade. Algumas partes da cidade simplesmente não recebem nenhuma tipo de serviço da prefeitura.