Assisti a uma entrevista do Robin Williams no programa Inside the Actors Studio e quase travei o maxilar: não pensei que o cara fosse tão pirado, tão espantosamente engraçado. Ele é capaz de dançar alucinadamente sobre o fio de navalha da sanidade sem despencar no abismo real da loucura. Foram necessários dois programas para que conseguissem realmente entrevistá-lo. A cada pergunta o cara delirava mais de cinco minutos e, sendo um ator, fazia-o não apenas com a mente mas também com o corpo. Sua caricatura de dança moderna – no primeiro “episódio” – quase me matou, cheguei a chorar. Fiquei de cara com o figura. A caretice hollywoodiana ainda não conseguiu aproveitar – sem censuras – todo aquele potencial.