Ao fim do Ramadã deste ano, só me vem à lembrança os comentários do explorador inglês Sir Richard Francis Burton, o qual, além de converter-se ao islamismo, ainda tornou-se xiita e, posteriormente, mestre Sufi. Segundo Burton, “aquele ‘mês santo’ era um castigo terrível”, pois tornava os muçulmanos “doentios e inamistosos”.
Durante dezesseis horas e quinze minutos seguidos, ficávamos proibidos de comer, beber, fumar, cheirar e até engolir nossa saliva de propósito.
O Jejum deixava as pessoas de péssimo humor.
Os homens praguejam uns contra os outros e batem nas mulheres. As mulheres esbofeteiam e destratam as crianças, as crianças por sua vez maltratam e xingam cães e gatos. A pessoa mal consegue passar uns dez minutos em qualquer parte populosa da cidade sem ouvir alguma briga violenta.
Numa situação destas não é de se estranhar essa última série de atentados terroristas. Os militantes certamente estavam – como se diz em Goiás – com a “vó atrás do toco“…
Stranger
Parei por aqui por acaso, mas quero deixar um comentário.
Não sou muçulmano e tinha a mesma impressão ruim do Ramadan. Até que no ano passado vi de perto o Ramadan em um país muçulmano e mudei completamente minha opinião.
O Ramadan é muito mais alegre do que possamos imaginar. As ruas ficam cheias de luzinhas como no nosso natal, há músicas e presentes para as crianças e as pessoas estão mais propensas ao perdão e a atos caridosos.
Também achava que a idéia central era um mês de penitência, mas esse não é o pensamento muçulmano. Na verdade é um mês dedicado a Deus. Se nos outros meses vc comete deslizes e coisas assim, no Ramadan deve observar o máximo possível as leis religiosas. Não comer durante o dia faz parte do ritual… É uma experiência interessante, vale a pena observá-la sem concepções prévias.
Até mais.
Rafaella
Por favor, quando será o Ramadan este ano de 2006?
Como os amigos muito próximos à muçulmanos devem se portar? Existe algum procedimento a evitar? Muito obrigada pela ajuda. Até mais.