Esta madrugada, enquanto eu escrevia neste blog, minha irmã e meu cunhado assistiam a um latrocínio da janela de seu apartamento em Goiânia. Um ladrão deu dois tiros na cabeça e mais um no estômago de um cara que minha irmã, da cozinha de sua residência, ouviu gemer até a morte. Na pizzaria em frente todos se esconderam. No prédio apenas vozes abafadas, raiva e medo. Os bandidos – havia um comparsa numa Mobillete- ainda levaram o Vectra da vítima. E ninguém tinha sequer uma arma para dar um tiro para o alto. Uhuuu! Viva o desarmamento civil!! (E a polícia só apareceu 20 minutos depois…)
Autor: yuri vieira (SSi) Page 29 of 72
“O Carlos Heitor Cony parece ter seguido à risca aquela música do Chico Buarque, que diz: ‘Quando chegar o momento/ Esse meu sofrimento/ Vou cobrar com juros, juro’. Ao receber do Ministério da Justiça a bagatela de R$ 1,4 milhão, junto com uma pensão mensal de R$ 19.115, o escritor terá acumulado, com todo o dinheiro na poupança por sete anos, cerca de R$ 4 milhões. Isso corresponde a mais de 1,1 milhão de euros, ou seja, quantia superior à do Prêmio Nobel de Literatura, que é o sonho de todo escritor.”
(Marchezan Albuquerque)
Preciso ampliar meu círculo de amizades… Ou não! Afinal, o fato de que, em toda discussão sobre política, arte, moral, filosofia ou religião, eu fique sempre sozinho de um lado e os demais todos do outro me disparando petardos talvez não seja senão mais uma aulinha da vida. Imagino que um leitor do meu site pensaria que meus amigos compartilham meus pontos de vista. Nãnanina. Na última vez em que estive no Glória, até o pessoal doutra mesa resolveu dar palpite no debate. E o problema dos meus amigos intelectuais é o mesmo de toda a classe: seu relativismo é absoluto. Eu me senti o Dartagnan interpretado pelo Gene Kelly, dançando e duelando simultaneamente com dez inimigos. Credo. Haja álcool.
Pela descrição do advogado Alberto Rollo, especialista em Direito Eleitoral, fica confirmada minha opinião de que Lula, tal qual Fernandinho Beira-mar, poderia governar muito bem de dentro da prisão.
Continuo com o mau costume de ser o último convidado a deixar as festas. Na última, ainda me empurraram pra uma, digamos, jam-session, na qual fiz as vezes de vocalista. (Faço parte da comunidade Eu canto no chuveiro do Orkut.) Dizem – minha namorada e amigas – que foi um sucesso, mas eu já estava tão louco que não tenho certeza. Por via das dúvidas apresentei a banda como The king Kongs and the Avatar Metal. Improvisei algumas letras, veja só. E finalizamos, eu e o Pedro Novaes, com um heavy metal em homenagem à derrota da Marta Suplicy: “Fuck the Buceteixom” ou, se preferir, bucetation. (Nota: não ouço heavy metal nem amarrado.)
Enquanto a eleição no site BetaVote.com dava a vitória de Kerry por 88% dos votos mundiais, a eleição americana, de fato, chegou à vitória de Bush por 51% dos votos. O que mostra que o Olavo de Carvalho estava certo ao afirmar que o resto do mundo, ao utilizar as fontes erradas – tipo New York Times – não tinha a menor idéia do que realmente se passava pela cabeça dos americanos.
Será que se o Papa fizesse uma peregrinação a Meca seria mal recebido? Uma vez lá, deveria dizer: “Deus é Clemente, Soberano, Misericordioso, Vivente, Poderoso, Sábio, Altíssimo, etc, mas também é Pai, pai de todos”. Taí uma boa despedida da Terra…
Li “Maigret e o homem do banco”. Realmente, Simenon é excelente e é difícil largar o livro. Seu comissário estóico vê bem os demais personagens, embora no presente título tenha, na minha opinião, vacilado e deixado o mistério muito mais misterioso do que realmente era. Ah, claro: se eu estivesse num trem a tentação de jogar o livro pela janela, ao final, seria grande. Quem nunca leu esse livro não perdeu nada, mas, se for escritor e se interessar por técnica narrativa, perdeu muita coisa.
Achei bem feito pra Marta Suplicy. Pena que o Serra não perdeu também. Aliás, acho que o PT deveria mandar a Marta de volta às origens, ao sexologismo. Ela deveria se internar num hotel-fazenda e ficar, como diz minha mãe, vendo pinto crescer e peru ficar grande.
A Gata-loca me enviou uma mensagem falando do projeto de lei – proposto por Jards Macalé – que defende a mudança do lema “Ordem e Progresso”, da nossa bandeira, para “Amor, Ordem e Progresso”, já que, segundo ele, estaria mais de acordo com o lema de Augusto Comte: “amor por princípio, ordem por base e progresso por fim”. Bonito. Mas não sei se o país vai pegar no tranco. Talvez fosse melhor mesmo adotar a proposta do Casseta&Planeta: “Ê povinho bunda!”. Nada como encarar a realidade tal qual.