“Sócrates: (…) se eu não acreditasse, primeiro, que vou para junto de outros deuses, sábios e bons, e, depois, para o lugar de homens falecidos muito melhores do que os daqui, cometeria uma grande erro por não me insurgir contra a morte. Porém podes fiar que espero juntar-me a homens de bem. Sobre esse ponto não me manifesto com muita segurança; mas no que entende com minha transferência para junto de deuses que são excelentes amos: se há o que eu defenda com convicção é precisamente isso. Esse motivo de não me revoltar a idéia da morte. Pelo contrário, tenho esperança de que alguma coisa há para os mortos, e, de acordo com antiga tradição, muito melhor para os bons do que para os maus.”
(Fédon, de Platão.)
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Não, não é a famosa posição. É o site do meu pai com os quadros da minha mãe…
Outro texto do Platão que faz a gente passar mal de tanto que a gente se sente bem: A defesa de Sócrates. Nietzsche, ao tentar “fazer filosofia com o martelo”, foi completamente infeliz no que disse a respeito de Sócrates. Ele deu foi uma martelada na própria testa… (O fato de Nietzsche ter passado uns dez anos catatônico antes de morrer, mesmo ao piano, não me deixa mentir.)
Foi realmente uma experiência das mais interessantes apertar a mão do Zé do Caixão horas antes da entrega do Oscar…
Quem quiser conhecer as primeiras ilustrações criadas pelo desenhista Túlio Caetano para meu livro A Tragicomédia Acadêmica, clique aqui.
Passei uma semana com meu amigo Pedro Novaes, na Chapada dos Veadeiros, rodando a primeira parte de um documentário idealizado por ele. Excelente viagem!
E fui informado pela namorada de um amigo – psicanalista lacaniana – que Carl Gustav Jung é considerado por eles, os lacanianos, um psicótico. Engraçado, eu sempre pensei que ele fosse um artista – vc já viu os quadros dele? – um grande artista brincando de psicólogo…
Falando em livros que não recomendo a ninguém, também quero desrecomendar A ratazana, um tijolo de mais de 400 páginas do Günter Grass, que li como quem curte uma azia ou uma má digestão. Fique longe dele, é muito pentelho. Vc encontrará apenas as meditações de uma ratazana a explicar por que os ratos herdaram a Terra dos malditos humanos. Parece interessante, mas não é. Os capítulos que narram os protestos dos personagens de contos de fadas – chapeuzinho vermelho, Lobo mau, João e Maria, etc. – contra a devastação ambiental da Floresta Negra, só pode empolgar mesmo a um militante do Green Peace. Não tem graça. Como alguém pode usar uma linguagem, que beira o desenho animado, sem humor? Tá doido, muito pé no saco. Anos atrás, assisti a uma adaptação do livro O Tambor, do mesmo autor. O filme é muito interessante, embora já não me lembre com muita exatidão das peripécias do tal garoto que não cresce. Já o livro, se for tão seco e teutônico quanto A ratazana, tampouco me interessa.
[Ouvindo: Stand by Me – The Beatles
“Eu tentei criar uma experiência visual, que ultrapassasse os limites verborrágicos e penetrasse diretamente no subconsciente com conteúdo emocional e filosófico… Eu tive a intenção de que o filme fosse uma experiência intensamente subjetiva, que alcançasse o espectador em um nível interno de consciência, como faz a música… Você é livre para especular como quiser sobre o significado filosófico e alegórico do filme.”
(Stanley Kubrick)
