blog do escritor yuri vieira e convidados...

Categoria: extraordinárias

O fantasma de Dante Alighieri

Dante AlighieriO texto abaixo foi extraído de um dos livros de cabeceira da minha infância: “O Grande Livro do Maravilhoso e do Fantástico” (Seleções do Reader’s Digest).

“Quando, em 1321, Dante Alighieri morreu, não foi possível encontrar partes do manuscrito da sua obra-prima, A Divina Comédia. Durante meses, os seus filhos, Jacopo e Piero, revistaram a casa e todos os papéis do pai.

“Tinham desistido da busca quando Jacopo sonhou que vira o seu pai vestido de branco e inundado de uma luz etérea. Perguntou à visão se o poema fora completado. Dante acenou afirmativamente e mostrou a Jacopo um local secreto no seu antigo quarto.

Tendo como testemunha um advogado amigo de Dante, Jacopo dirigiu-se ao local indicado no sonho. Por detrás de um pequeno cortinado fixado na parede encontraram um postigo.

“No interior do esconderijo havia alguns papéis cobertos de bolor. Retiraram-nos cuidadosamente, limparam-nos com uma escova e conseguiram ler as palavras de Dante. Assim se completou A Divina Comédia. Se não fosse uma visão fantasmagórica surgida num sonho, um dos maiores poemas do mundo teria provavelmente permanecido incompleto.”

P.S.: Leia A Divina Comédia, aqui.

[Ouvindo: Endorphin – Satie 1]

Waking life

Waking Life, The MovieOntem assisti a esse filme excelente: Waking life. O engraçado foi a intimação que recebi – para assistir ao dito cujo – de um amigo que vive querendo me empurrar o livro “O mundo assombrado pelos demônios”, do Carl Sagan, toda vez que lhe falo de minhas projeções astrais e sonhos lúcidos. Quando eu tocava no assunto era apenas conversa fiada do Yuri. E olha que tentei convencer vários diretores de cinema (aliás, um bando de video-clipeiros e publicitários desmiolados) a rodar um filme ou animação com o que agora está se transformando no meu livro Eu odeio terráqueos!!, que não é senão uma variação do mesmo tema desenvolvido pelo filme supracitado. Como neste nosso país praticamente não há produtores independentes – com ou sem visão – a vanguarda tem de ficar para os americanos. (Na verdade, o assunto já é mais que batido, mas a forma como é colocado, nem tanto.) E meu amigo, que torcia o nariz quando lhe falava de técnicas para adquirir a lucidez durante o sonho, só foi pensar seriamente no assunto após ficar chapado com tudo o que os personagens falam no filme. Perguntei: “peraí, você não leu meu livro, né?” E ele: “não”. “Pois é”, eu disse, “se tivesse lido você sacaria por que é que não achei esse filme uma coisa doutro mundo. Eu também vivo meus sonhos…”

Num próximo post entrarei mais demoradamente nesse tema – sonhos lúcidos – e comentarei o filme. (Assista ao trailer. Mas atenção: Você precisa ter o QuickTime instalado.)

[Ouvindo: Stutter – Elastica]

Clones de Buda

Outro dia, alguém me enviou um texto sobre idolatria que fez com que me lembrasse novamente do Li Hongzhi, aquele da Falun Gong (óia eu com o cara de novo). Ele diz, em um de seus livros (cito de memória), que, após o assassinato pelo governo comunista chinês dos mestres ortodoxos budistas – segundo ele, os verdadeiros guardiões do esoterismo da “Escola Buda” – os novos templos ficaram vulneráveis a um certo tipo de “vampirismo astral“. Ele afirma que, enquanto a tradição era mantida, toda estátua de Buda de um templo recém inaugurado era, digamos, “linkada” ao mundo astral budista (ou etérico, como queiram) por um desses mestres ortodoxos, o qual detinha o conhecimento de como estabelecer a tal ligação. Isto significa que, sempre que uma pessoa se ajoelhasse diante daquela imagem, sua intenção seria canalizada para os altos planos. (Uma espécie de pára-raios invertido…) Após a morte desses mestres e a conseqüente interrupção dos ensinamentos (rompimento da cadeia mestre-discípulo), os novos templos ficaram com imagens de Buda desprotegidas. Desprotegidas de que? Li Hongzhi afirma ter ouvido de muitos de seus discípulos: “mestre, eu estava meditando no templo blablablá e então meus ‘olhos celestiais’ se abriram e eu vi Buda caminhando por entre os crentes…”

E pela descrição da aparência e do comportamento do suposto Buda, Li Hongzhi afirma tratar-se, na verdade, de um golem plasmado, a partir da estátua localizada ali no templo, graças à energia doada pelos crentes. Esse ente (não é um ser mas um ente) torna-se uma espécie de vírus, uma pseudo-entidade cujo único propósito é sugar a energia dos crentes para manter sua sobrevida. Muitos discípulos honestos, ao conseguir abrir seus “olhos celestiais” (visão astral), acabam se iludindo por tomar a imagem de Buda pelo próprio. Pelo que eu entendi, os chineses teriam sido tão avançados em sua técnicas espirituais que sabiam até mesmo como evitar, de forma prática, os males da idolatria tão temidos pelos judeus, mulçumanos e certas seitas cristãs. Por este raciocínio, será assim tão inconseqüente a adoração de imagens? Ou, como querem os céticos radicais, isso tudo não passa de enredo de RPG?

Richard Wilhelm

Tenho estado ocupado com a ilusão de que conseguirei fazer TUDO AO MESMO TEMPO AGORA: escrever dois livrecos online, dois roteiros de cinema, uma peça de teatro e, como se não bastasse, traduzir este site para o espanhol. Estou com a cuca fundida, sem falar que – ao invés de dar seis passos no andamento de pelo menos um desses projetos – dou apenas um em cada um dos seis. Disciplina, cazzo! Disciplina!

Bom, pra compensar minha ausência, segue este “causo” – citado por Colin Wilson – a respeito de Richard Wilhelm, amigo de Carl G. Jung e tradutor do I Ching:

Richard Wilhelm

“Richard Wilhelm encontrava-se em um longínquo vilarejo chinês que sofria com a estiagem. Um fazedor de chuva foi mandado de um vilarejo distante. Pediu uma cabana nos arredores da vila e ali ficou por três dias. Caiu, então, uma forte chuva, seguida de neve – uma ocorrência jamais verificada naquela época do ano. Wilhelm perguntou ao velho homem como ele fizera aquilo; o velho respondeu que não havia feito. ‘Veja o senhor’, disse ele, ‘venho de uma região onde tudo está em ordem. Chove quando deve chover, o que é muito agradável quando se precisa. As próprias pessoas estão bem. Mas as pessoas neste vilarejo estão fora do Tao e de si mesmas. Logo que cheguei fui imediatamente afetado por este estado; por esta razão, pedi uma cabana nos arredores da vila, para que pudesse ficar sozinho. Quando retornei ao Tao, a chuva caiu.”

[Ouvindo: Over The Rainbow – Miles Davis, Ornette Coleman]

E o improvável acontece no BBB

Quem assistiu ao chatérrimo Big Brother Brasil de Segunda-feira acabou surpreendendo-se com um fato dos mais arrepiantes: a tal Cida ouviu a voz de sua irmã – falecida havia pouco – despedindo-se dela!! Leia aqui.

Viagens intergaláticas

Veja o que disse o astronauta Edgar D. Mitchell, chefe da expedição Apollo 14 (de 1971) em entrevista a Alan Vaughan, da New Realities Magazine:

« Quanto à vida mais inteligente, não duvido de que exista em algum outro lugar do universo e, muito provavelmente, em nossa própria galáxia. (…) Precisamos fazer novas aberturas científicas para ir além da limitação da velocidade da luz, ou provavelmente não encontraremos outros seres, porque as distâncias são imensas. Esse é um longo caminho para o futuro, mas acredito que algum dia faremos contato com vida inteligente em outro sistema solar. E não tenho muita certeza se precisaremos do programa espacial para tanto. Pode estar extremamente longe e ser hipotético, mas, se o fenômeno da projeção astral tiver qualquer validade, poderia ser uma forma viável de viagem intergalática e certamente muito mais segura do que o vôo no espaço.»

Alguns dos meus amigos me acham um tanto louco por também afirmar esse tipo de coisa. Claro, há a diferença de que, segundo depoimentos que ouvi, este sonho do Mitchell já é realidade para muita gente.

Unidade Prata

Semanas após iniciar meu livro Eu odeio terráqueos!!, encontrei e li o livro on-line Unidade Prata de um certo Aldomon. Embora fique claro que o autor não tem pretensões literárias, verdade é que – pelo menos para quem vê o mundo mais ou menos como eu vejo – o livro empolga como um Júlio Verne. E o elemento fantástico é o seguinte: Aldomon afirma ser tal livro sua autobiografia. De um cara nascido no estado de Goiás creio que o vulgo esperaria algo, digamos, “country”, uma coisa meio Leandro&Leonardo. Só que o que lemos é a história de como ele, Aldomon, chegou a descobrir quem ele realmente é (ou diz ser): o comandante de uma nave mãe – a Unidade Prata (integrante da frota liderada pelo ser arcangélico Ashtar Sheran) – encarnado na Terra com o intuito de esclarecer os objetivos de tão improvável comando extraterrestre. Se minhas pretensões com meu livro tivessem alguma semelhança com o que ele faz ali, eu morreria de inveja. Porque o livro dele dá ou um puta filme de ficção científica ou um excelente mangá. (Aliás, pretendo adaptá-lo para roteiro.) O contraste entre sua morgação diurna – típica do adolescente sem rumo – e suas várias tarefas noturnas – em projeção astral e a bordo de naves e cyberarmaduras – é realmente digno de cinema. Ou de vídeo-game.

“Peraí, e o que ele diz é verdade?”

Bom, se fosse, ele seria quase um Neo (Matrix), só que sem a prepotência messiânica, já que afirma serem muitos os ETs infiltrados por aqui.

“Pô, cara, você não respondeu: é verdade ou não é?”

Vai saber…

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