Meu amigo Daniel Chistino, que colabora neste blog, tem toda a razão: eu também sou um herege. Mas já que, além de ser herege, também sou presunçoso posso dizer: sou herege apenas para quem ainda não aceitou o novo upgrade da Revelação Divina, o que evidentemente é muito diferente da heresia de perverter a Tradição por não tê-la compreendido. Porque, engulam ou não engulam os ateus e agnósticos, e menos ainda as diversas espécies de crentes de não importa quais doutrinas tradicionais, Deus não pode se revelar por inteiro, duma só vez, a nós paupérrimos terráqueos. “Não atire pérolas aos porcos”, já dizia nosso Mestre e Senhor deste Universo. Por isso, a Revelação, isto é, o download de informações, ideais, valores e conceitos divinos, só vai sendo feita na Terra aos poucos, de acordo com a capacidade de processamento médio das mentes mortais. O Corão já criticava, desde o século VII, aqueles que, ao ouvirem novas revelações, ousam dizer: “fábulas dos tempos antigos” (Corão 6:25). E olha que o Corão não passa de um patch de segurança para mentalidades tribais que ainda se encontram muito abaixo da visão de mundo judáica…
Bem, tudo isso é para dizer que, à luz do Livro de Urântia, nada mais ridículo, estúpido, canhestro e insensato que toda essa preocupação e balbúrdia em torno de O Código Da Vinci, de Dan Brown. Protestar contra esse livro? Exigir sua proibição? Ou ainda pior: dar-lhe um crédito para além da categoria entretenimento?
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