blog do escritor yuri vieira e convidados...

Mês: agosto 2003 Page 1 of 2

Atentado à ONU

É incrível, mas numa enquete da revista Isto É Dinheiro, que indaga sobre quem seria o responsável pelo atentado que matou o Sérgio Vieira de Mello, o vencedor no rol dos suspeitos não é ninguém senão… a própria CIA!! (Com cerca de 68% dos votos.) Isso sim é que é um anti-americanismo muito bem difundido…

[Ouvindo: Porcelain – Moby]

Software é linguagem

Tentei entrar num site de letras de músicas e me deparei com o aviso abaixo:

This page is temporarily closed in protest against the plan to introduce software patents in Europe. Websites may soon be closed down regularly due to software patents. Software patents can get you prosecuted for publishing texts you wrote yourself! Software patents are a threat to Open Source software.

Mudar o mundo

Retirei o artigo abaixo, de autoria de Pedro Sette Câmara, do site O indivíduo.com. Fala sobre a burrice que é querer “mudar o mundo” ao invés de conhecê-Lo. Quem apreciar tal leitura encontrará, no referido site, outros artigos tão bons quanto este.

[Ouvindo: You Find the Earth Boring – Portishead]

Pregação do semestre

Coloquei abaixo o trecho de um email, que escrevi a uma dessas listas de discussões inúteis (porque, claro, fui provocado), apenas porque nele cito um diálogo imperdível do imperdível filme Waking Life. (E, de quebra, um trecho da Ode à Alegria, de Schiller, musicada por São Beethoven na Nona.) Já o assunto principal da discussão não vem ao caso…

Waking Life – trecho

Quem não assistiu a esse filme tem que assistir…

– So I’m walking along, and Lady Gregory turns to me and says, “Let me explain to you the nature of the universe. Philip K. Dick is right about time, but he’s wrong that it’s 50 A.D. Actually, there’s only one instant, and it’s right now, and it’s eternity. And it’s an instant in which God is posing a question, and that question is basically, ‘Do you want to be one with eternity? Do you want to be in heaven?‘ And we’re all saying, ‘No thank you. Not just yet.’ And so time actually is just this constant saying No to God’s invitation. That’s what time is, and it’s no more 50 A.D. than it’s 2001. There’s just this one instant, and that’s what we’re always in.” Then she tells me that actually, this is the narrative of everyone’s life. That behind the phenomenal differences, there is but one story, and that’s the story of moving from No to Yes. All of life is like, “No thank you, no thank you, no thank you,” then ultimately it’s, “Yes, I give in, yes, I accept, yes, I embrace.” That’s the journey. Everyone gets to Yes in the end, right?
– Right.

Schiller e Beethoven

Leia esse trecho do poema do Schiller (Ode à alegria), que São Beethoven musicou no quarto movimento da Nona. (E que eu estou, desafinadamente, e para desespero da Cássia, aprendendo a cantar. Falando nisso, o Calaça aí deve estar com saudade das minhas cantorias lá da UnB, né não?)

Froh, wie seine Sonnen fliegen
Com alegria, como os corpos celestes
Durch das Himmels pracht’gen Plan,
Que Ele colocou em seus cursos pelo esplendor do firmamento
Laufet, Bruder, eure Bahn,
Então, irmãos, sigam seus caminhos
Freudig wie ein Held zum Siegen.
Alegres, como um herói rumo à conquista.

O que é Urântia?

Nos últimos três dias, recebi quatro emails com a mesma indagação: mas afinal o que é, em resumo, Urântia? Que nome é esse? Bem, embora eu imagine que nos seja impossível averigüar a etimologia correta desse vocábulo — uma vez que o próprio Livro nunca faz uma referência direta a seu significado — basta saber que Urântia não é senão o nosso próprio planeta, o mesmo no qual o Filho Criador experimentou a vida na carne.

Lemos no Documento 188:

“É um fato que Urântia é conhecida entre outros planetas vizinhos habitados como ‘o mundo da cruz'”.

Para ficar um pouco mais claro, podemos ainda ressaltar estes três parágrafos do Prefácio:

“Na mente dos mortais de Urântia — sendo este o nome de vosso mundo — há grande confusão quanto ao significado de termos tais como Deus, divindade e deidade. Os seres humanos estão ainda mais atônitos e incertos acerca das relações das personalidades divinas designadas por estes numerosos apelativos. Devido a esta pobreza conceitual associada com semelhante confusão ideativa, fui exortado a formular esta declaração introdutória como explicação dos significados que devem corresponder a certos símbolos verbais que, daqui por diante, serão utilizados nestes documentos, que o corpo de reveladores da verdade de Orvonton foi autorizado a traduzir ao idioma inglês de Urântia.

(…)

“Vosso mundo, Urântia, é um dos muitos planetas habitados similares que juntos compreendem o universo local de Nebadon. Este universo, juntamente com outras criações similares, forma o supra-universo de Orvonton, desde cuja capital, Uversa, provém nossa comissão. Orvonton é um dos sete supra-universos evolucionários do tempo e do espaço que rodeiam a criação da perfeição divina que não possui nem princípio nem fim — o universo central de Havona. No coração deste universo central e eterno encontra-se a Ilha Estacionária do Paraíso, o centro ‘geográfico’ da infinidade e a morada do Deus eterno.

“Referimo-nos comumente aos sete supra-universos em evolução associados com o universo central e divino com o nome de Grande universo; estes constituem agora as criações organizadas e habitadas. Todos eles são parte do Universo mestre, que compreende também os universos do espaço exterior não habitados, mas em mobilização.”

Vale dizer que, embora aí esteja dito que Deus resida pessoalmente no centro do cosmos, o Livro também se estende interminavelmente sobre a existência, função e atuação dos Monitores Residentes, ou seja, as centelhas divinas que, em conjunto com nossa personalidade, formam nossas almas imortais. Aliás, nem preciso dizer que toda a massa de informações presente no livro — seja as que se referem à história esquecida do nosso planeta e Sistema, seja as que tratam das hierarquias celestes e da conformação do cosmos — nada vale se o principal não for apreendido: somos filhos de um Pai amoroso, que nos oferece a possibilidade de uma carreira eterna de amor, adoração, serviço, estudo e lazer. Enfim, nada que difira tanto do que sempre pregaram tantas tradições religiosas.

Feliz aniversário!

Atualmente, Tolkien está na moda. Senhor dos anéis isto, Senhor dos anéis aquilo. O que pouca gente sabe é que ele, quando professor em Oxford, participou da conversão do escritor C.S.Lewis, seu colega, à crença no Cristo. Para ele, Tolkien, apenas uma pessoa desprovida de imaginação não poderia conceber a visita de um representante do Criador a este mundo. A cuca do C.S.Lewis ficou com este grilo por muito tempo. Afinal, nada pior, para um escritor, do que ter sua capacidade imaginativa colocada em questão. Mas o tal grilo ficou ali apenas até ser tocado pelo Espírito da Coisa. Quando a Coisa vem, sai de baixo.

Este texto, resumo do que ando lendo, ouvindo e até vendo por aí, pede para que você se coloque não no lugar do papai-noel (que ainda vem por aí) – e sua angústia sedexiana de entregar tantos presentes em 24 horas – mas no lugar do verdadeiro aniversariante.

Urantia Gaia, objectif 2012

De modo geral, costumo ficar chateado – para não dizer muito puto – quando descubro que alguém já está executando (ou já executou) uma idéia que me é cara, uma idéia que me parece original e inédita. (Como quando assisti ao filme Waking Life, cuja história traz certa semelhança ao meu livro, ainda inacabado, “Eu odeio terráqueos!!“.) Mas, como já disse nesta entrada, o Livro de Urântia é uma fonte inesgotável de argumentos para RPG. Sem falar que, quanto mais jogos baseados nele houver, maior será a divulgação do seu conteúdo. Por isso não fiquei grilado quando, esta manhã, encontrei o site desse tal Sébastien Fraigneau, um francês que também está desenvolvendo um RPG para computadores baseado no Livro. Chama-se Urantia Gaia, objectif 2012. Espero que esse 2012 não tenha nada a ver com o Calendário Maya, senão… Bom, pelo menos as imagens divulgadas são instigantes, confira.

E pode ter certeza: muitos jogos mais virão!

RPG e o Livro de Urântia

Continuo impressionado por não encontrar, onde quer que seja, algum ensaio ou artigo que inclua o Livro de Urântia no rol das principais fontes de argumentos para Role Playing Game. Para quem não sabe, RPG é aquele jogo no qual cada participante, sob a coordenação de um narrador (o Mestre), desempenha um papel, comanda um personagem. Pode ser jogado on line – muito comum hoje em dia – ou ao vivo. Aliás, quem nunca reparou nesses bandos de adolescentes que, trancados num quarto cheio de misteriosos livros em inglês e de dados com numerosas faces, permanecem absortos em algum estranho ritual? Sem falar, é claro, naqueles que não largam o vídeo-game, haja vista o sem número de títulos disponíveis para jogar contra o computador. Eu, por exemplo, joguei meu primeiro RPG num CP-400 Color, um jogo baseado apenas em texto, sem imagens. E, tal como um bom livro, era o máximo! Bom, detalhes detalhes…

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