Não sei dizer de que mês é, mas a revista de informática Geek, ano 3 número 13, traz em seu CD, além dos programinhas de praxe, dois dos meus livros digitais (ebooks). A eles meu muito obrigado pelo apoio.
Carta da Besta
E falando em coincidências e na Geek #13, olha só a carta que um leitor enviou pra revista (favor ler até o fim):
“Pegue o nome UOL. ‘U’ em algarismos javaneses representa 166. ‘O’ representa 0 (zero) por ser parecido. ‘L’ representa 50 em algarismos romanos. Então, ‘L’ é igual a 50, seguido por 0 é igual a 500: 500+U=500+166=666!
“Outro exemplo: www, ‘w’ repetido três vezes, representa o número 3. O ponto representa um sinal de multiplicação. Na palavra IG, o ‘I’representa o 1 em romanos. ‘G’ parece o número 6. Portanto ‘www.IG’ é igual 3X(1 e 6). Três vezes 1 é 3. E três vezes 6 = 666! (seis repetido três vezes).
“Quer mais? Terra: ‘T’ não significa nada. ‘E’ minúsculo de ponta cabeça fica igual a um 6. O ‘r’ de ponta cabeça é parecido com um ‘L’ (50 em romanos). ‘A’ é a primeira letra do alfabeto, representa 1, mas vem depois de dois ‘r’, portanto = 11. Associando ‘rr’ e ‘a’, temos: 100+11=111. Associando o ‘e’ com 111, temos: 111.6=666!
“Não pára por aí: BOL: ‘O’ é uma circunferência, portanto 360º. Como o ‘O’ de BOL é a letra do meio, equivale a 6. ‘B’ significa BRASIL, que tem 6 letras. ‘OL’ significa ‘on line’, que também tem 6 letras. Portanto: 666!
Agora o mais assustador: Geek: ‘G’e a letra ‘e’ parecem o número 6 (o ‘e’ de cabeça pra baixo). ‘K’ é de kapeta, portanto ‘666 Kapeta’!”
Aí a galera da redação da Geek comenta:
“Sabe o que é mais impressionante? As palavras maluco, doente e xarope também têm seis letras. Ou seja: 666!”
Sem falar na foto de um corcunda de Notre Dâme paranóico que os caras botaram como sendo a foto do leitor, e a legenda:
“A imagem prova que o leitor é uma pessoa 100% normal (aliás, essa palavra também tem 6 letras!)”
Simplesmente impagável… :))

Um dos livros mais impressionantes que já li em toda a minha vida é
Dizia Jiddu Krishnamurti: “pensar no problema é fugir do problema“. Esse polêmico – mas nada polemista – instrutor indiano costumava dizer que não podemos buscar a verdade simplesmente porque, se quiséssemos mesmo encontrá-la, deveríamos então conhecê-la desde o princípio, caso contrário, como a reconheceríamos se a encontrássemos? Ora, a verdade, diz ele, é – para nossas mentes espaço-temporais – sempre nova, dinâmica, viva, eterna não podendo ser reduzida à memória – que é como o pensamento realiza seus registros – operação que a tornaria portanto temporal, estática, morta. Afinal, o pensamento só é capaz de re-conhecer aquilo que ele já conhecia de antemão. Confuso? Abstrato? Nem tanto. Trata-se antes de um ceticismo metódico, o qual almeja a verdade sobre nós mesmos pelo afastamento do falso, já que é exatamente isto o que ele propõe. Para ele, a verdade é o que é, e não um de nossos desejos, condicionamentos ou projeções, os quais, aliás, não seriam senão imagens de algo já conhecido, temporal e, portanto, falso. Toda idéia, toda ideologia pode até funcionar se a intenção é criar uma máquina ou mecanismo similar (material ou não), mas jamais será benéfica se aplicada às relações humanas ou a de um indivíduo com sua própria consciência. Porque se uma máquina é um meio de se atingir um fim, as relações humanas, por sua vez, não são uma coisa à qual devemos aplicar ou identificar um meio qualquer, seja ele político ou econômico, para se atingir um pretenso fim. Nas relações humanas meio e fim são uma só coisa, uma unidade: se utilizarmos a guerra para chegar à paz, não teremos paz, apenas guerra. Nas relações humanas – ou “mediações humanas” – o meio (do lat. mediu) é não apenas a própria relação mas seu único fim. Krishnamurti afirma reiteradamente: procuremos perceber o ilusório como ilusório e assim, desfeitos todos os véus, a verdade é quem nos encontrará. Pois a vida é um desafio de momento a momento, e a mente precisa estar atenta para reagir de acordo com cada um desses momentos. A verdade nos espera no atemporal.
O texto abaixo foi extraído de um dos livros de cabeceira da minha infância: “O Grande Livro do Maravilhoso e do Fantástico” (Seleções do Reader’s Digest).