Meu pai veio se lamentar comigo: a municipalidade – tentáculo estatal – não lhe deu ganho de causa. Dizem que ele invadiu, com uma pequena laje diante da porta de entrada de sua casa, um espaço público. Mentira, as fotos anexadas ao processo provam o contrário. Nunca aquele local foi mais público e bem tratado do que agora: mil e um transeuntes fugindo da chuva se abrigam ali naquele nicho. E o muro não avançou um centímetro sequer. Mas é claro que viver numa cidade sob o julgo do PT é assim mesmo: roubo atrás de roubo. (E o IPTU progressivo vem aí!) O pior é que mais tarde, bem mais tarde, essa corja de politiqueiros e funcionários – cheia de má vontade – ainda vai nos dar o maior dos trabalhos: teremos de contribuir para resgatá-la inteirinha do inferno. (Claro, se a ira não me dominar a ponto de acompanhá-la ao suplício.) Essa gente, quando desencarna, pesa feito chumbo…