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Putaria tour

Meu cunhado viajou a negócios para Natal. Foi conhecer a praia de Ponta Negra e descobriu que a dita cuja se tornou um bordel ao ar livre. Não havia sequer um minuto sem que um local aparecesse para vender não água-de-coco ou picolé, mas mulheres. Uma média de R$150 por “cabeça”. Meu cunhado, que tem cara de gringo, não teve sossego. Sentado num bar, ouviu esse diálogo entre um espanhol, da mesa ao lado, e um “agenciador”: “No quiero, vete de aquí! No me gustan las putas”. E o brasileiro: “Então volta pro seu país. Aqui só tem puta.” E o problema, claro, não é desconhecido dos natalenses

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Jiv Jâgo

3 Comments

  1. Ricardo

    Acho muito desrespeitosa sua redação sobre Natal, amigo.
    O problema da prostituição nós temos, claro, mas infinitamente menor do que o seu cunhado relatou. Pra começar, o horário em que há prostitutas pelo local é após a meia-noite, momento em que não se espera que se venda água-de-côco nem picolés, não mesmo. No mínimo ele não quis dizer à sua irmã sobre o horário em q ele estava “passeando” na avenida de Ponta Negra. No mais, o comentário do Brasileiro “Aqui só tem puta”, assim como o seu, foi muito infeliz. Natal é conhecida notoriamente como a terra do sol, das lindas praias, da natureza ainda limpa, de lugares que nem a imaginação criaria tão perfeito. Um lugar tranquilíssimo de se morar (moro aqui há 25 anos), perfeito de se visitar. Prostituição tem em todo lugar, em Natal tem sim. Na sua cidade? Com certeza! É só saber estar no lugar certo e na hora certa.

    “Quem não quer ver estrelas, não olha pro céu”.

  2. Olá Ricardo
    Me desculpe se meu texto lhe pareceu desrespeitoso. Não foi minha intenção. Eu apenas relatei um caso real que a própria imprensa do seu estado também estava noticiando à época. (Confira.)

    Não quis generalizar e queimar o filme da cidade inteira, mas apenas contribuir para denunciar esse estado de coisas, afinal, o primeiro passo para mudar uma situação é vê-la tal qual se manifesta no presente momento. Aliás, o texto a que vc se refere é de Outubro do ano passado e ninguém na internet sai apagando seus textos e notícias apenas porque um problema já pode ter sido resolvido. Se eliminarmos os registros referentes ao nazismo, por exemplo, ele poderá voltar. (É uma analogia forçada, eu sei, mas acho que entendeu o que quis dizer.)

    Quanto à sua frase “Quem não quer ver estrelas, não olha pro céu” – me desculpe de novo, mas não pretendo ser irônico senão sincero – me lembrou as epígrafes do livro O Caderno Rosa de Lori Lamby, da falecida escritora Hilda Hilst. São essas:

    “Todos nós estamos na sarjeta, mas alguns de nós olham para as estrelas.” (Oscar Wilde)
    “E quem olha se fode.” (Lori Lamby)

    Forte abraço
    Yuri

  3. Miguel

    Olá a todos parabés

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