Estou pensando em me mudar para o interior. Depois de São Paulo, Brasília e Goiânia – sem falar das minhas curtas viagens ao exterior – pude perceber que o planeta INTEIRO é uma grande província, não importando que seja Hong Kong, Rio ou New York. Se não sou conhecedor direto, por exemplo, de países de “primeiro mundo”, ao menos conheço muitos de seus representantes. E a conclusão é: terráqueo é sinônimo de caipira. Parisiense? Caipira. Nova-iorquino? Redneck. É foda ser de outro planeta – para não dizer do mundo da lua – e, ao mesmo tempo, apaixonado pela Terra. Acredite: estamos no Capão Redondo do Cosmos, na Quixeramobim do Universo, todos nós, brancos, amarelos, roxos ou negros.
Quanto à mudança, estou pensando em Alto Paraíso de Goiás – ao norte de Brasília, na Chapada dos Veadeiros – ou em algum lugar no litoral. Sugestões? Tudo o que quero é paz para escrever, amor para viver, e dor natural para suportar. Chega de abismos abstratos. Claro, se surgir uma diplomata para me levar mundo afora, aceito. Não seria ruim bancar o Clariço Lispector de má qualidade…