“A essa altura, resta-nos dizer o quê? O fracasso da cúpula árabe-sul-americana é mesmo um sucesso!

“Não apenas deixaram de comparecer os países mais alinhados com os EUA como, entre uma gafe e outra, viu-se, afinal, qual era o propósito dos participantes e a que se resume o tal protagonismo brasileiro: somos candidatos àquilo que já somos por força até da geografia e do tamanho da economia — uma potência regional de um lugar do planeta que não tem a menor importância — e também a chefiar os rapazes bagunceiros do fundo da sala com antiamericanismo barato. A política externa brasileira se resume a jogar bolotas de papel na professora quando ela se vira para escrever alguma coisa na lousa. E, como sói, rimos de nossa esperteza.”
(Reinaldo Azevedo, no Primeira Leitura).