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Haiti: um campo de treinamento

Com o exército finalmente subindo os morros cariocas, a despeito de tanto blablablá sobre suas supostas atribuições reais, só posso chegar a uma conclusão: o Haiti não é senão um campo de treinamento para que as forças armadas, logo em seguida, possam finalmente agir como polícia por aqui. Até mesmo tropas de Goiânia, que atuaram no Haiti, foram enviadas para o Rio de Janeiro. Ok, no fundo no fundo, havia uma razão por trás disso tudo. Treinar no Brasil teria saído muito “caro”, aqueles que fossem encontrados pelas “balas perdidas” teriam gritado muito alto, muito na frente das câmeras. No Haiti, não, lá o caos está tão generalizado que um erro tático a mais, outro a menos… fazer o quê? Pelo menos as tropas aprendem alguma coisa por lá e, de quebra, tentam ajudar. Dá até pra engolir. O que não dá pra engolir tão facilmente é o motivo alegado para subir os morros: os traficantes roubaram as armas deles! E os militares ficaram com o orgulho ferido!! Então, de repente não mais que de repente, eles estão aptos a agir como polícia. Interessante. Tomar regiões inteiras da cidade, tudo bem, isso os traficantes puderam fazer. Afinal, era só um monte de favela, né, gente sem cidadania. Mas as nossas armas?! Ah, isso não.

Brasil zil zil zil zil!!!

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3 Comments

  1. Jamila

    Teoria interessente, boms eria se fosse verdade… Mas a questão Haiti não é tão simples assim. Pense ONU, pense conselho de Segurança. Pense política internacional. O Brasil não precisaria deslocar o seu exército para fazer treinamento “internacional”.

    Mas é uma boa teoria.

  2. Diogo

    Difícil mesmo é descobrir quais armas são do exército, com tantas lá.
    Provavelmente serão as mais velhas!

  3. Vinicius

    O exercito acaba de desocupar as favelas! Só agora eles concluiram o óbvio; que toda essa representação custou muito mais que os dez fuzis roubados do quartel.

    Haiti? Lula pensa que com sua tropa “turistica” no Haiti, ele conseguirá uma vaga no conselho de segurança da ONU. E tem outra: todo orçamento desembolsado para as tropas de paz, já soma o dobro de todo o gasto direcionado para a segurança pública da nossa “patria amada” Brejil.

    Viva o oba-oba generalizado das instituições politicas.

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