Dois
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Virou-se por todos os lados, procurou, moveu-se, mas nada pôde ver. Olhou os braços, tocou o peito vivo e viu a si. Onde estava o som dentro do sem-fim? Onde está o som, onde está?
Parou de pé sobre o nada, os braços soltos, o olhar à frente. Fechou devagar os olhos e concentrou-se. Sentiu o peito apressado e tornou-o lento. Esperou. Sentiu vagamente o ruído distante, que se tornou mais próximo, mas não abriu os olhos. Ouviu o som atrás de si, o material mexendo, o abrir-se, o fechar-se. Abriu então os olhos e, devagar, virou-se.
Yuri viu o reflexo solitário no nada, a transparência, o retângulo vertical, suspenso. Aproximou-se hesitante, um passo pequeno, outro, mais outro. Viu seu reflexo opaco aproximar-se. Esticou a mão e tocou com os dedos a transparência. Pôs toda a palma nela. Espalmou as duas mãos, percorrendo-a, tocando todas as partes, no meio, em cima, de lado. Atravessou uma das mãos pelo lado e tocou a parte de trás, simultaneamente. Percorreu com os dedos toda a lateral. Passou as mãos sob o retângulo. Não havia maçaneta na porta transparente.
yuri vieira
Elv, meu caro
Esse Yuri aí tem algo a ver comigo ou será que “qualquer semelhança entre os fatos e personagens tratados com a realidade trata-se de mera coincidência”?
Ainda bem que ao menos vc não se espantou com minha circular interna. Os demais sumiram…
Abrazo!
elv
Porque vc acha q no “Arquivado sob:” eu incluí “amigos”?
Abração.
elv peka fluss
Clique em “Yuri”. Acho que agora ficou bem claro que ele é…