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Casoy defende o impeachment de Lula

Escrevi há algum tempo sobre o afastamento de Boris Casoy do Jornal da Record. (Aqui e aqui.) Agora ele foi à Folha de São Paulo defender o impeachment de Lula. (Apoiaaado! Apoiaaado! Apoiaaado!)

É UMA VERGONHA! por Boris Casoy (*)

Jamais o Brasil assistiu a tamanho descalabro de um governo. Quem se der ao trabalho de esmiuçar a história do país certamente constatará que nada semelhante havia ocorrido até a gestão do atual ocupante do Palácio do Planalto. Há, desde o tempo do Brasil colônia, um sem número de episódios graves de corrupção e de incompetência. Mas o nível alcançado pelo governo Lula é insuperável.

Não se trata de um ou de alguns focos de corrupção. Vai muito além. Exibe notável desprezo pelas liberdades e pela democracia. Manipula a máquina administrativa a seu bel-prazer, de modo a colocar o Estado a favor de sua inesgotável sanha de poder. Um exemplo mais recente é a ação grotesca contra um simples caseiro, transformado em investigado por dizer a verdade depois de ser submetido a uma ação de provocar náuseas em qualquer stalinista.

Não se investiga o ministro Palocci, acusado de freqüentar um “bunker” destinado a operar negócios escusos em Brasília e de ter mentido a respeito ao Congresso. Tenta-se, a qualquer preço, desqualificar a testemunha para encobrir o óbvio. E o desespero da empreitada conduziu a uma canhestra operação que agora o governo pretende encobrir, inclusive intimidando o caseiro.

Do presidente da República, sob a escusa pueril de dever muito a Palocci (talvez pela conquista do troféu dos juros mais altos do mundo e pelo crescimento ridículo do PIB), só se ouve a defesa pífia dos que não conseguem dissimular a culpa. A única providência das autoridades federais foi um simulacro de investigação, com a cumplicidade da Caixa Econômica Federal.

Todos os limites foram ultrapassados; não há como o Congresso postergar um processo de impeachment contra Lula. Ou melhor, a favor do Brasil.

O argumento para não afastar Lula, de que sua gestão vive os últimos meses, é um auto-engano! A proximidade das eleições faz com que o governo use e abuse ainda mais do poder. Desde o início, este governo é envolvido na compra de consciências, na lubrificação da alma de órgãos de comunicação por meio de gigantescas verbas publicitárias e de perseguir os que lhe negam aplauso.

Outro argumento usado para não afastar Luiz Inácio Lula da Silva é a sua biografia, a saga do trabalhador, do sindicalista que chegou a presidente. Ora, aquele metalúrgico já não existe há muito tempo. Sua legenda enferrujou. Foi tragado por sua verdadeira figura, submetido a uma metamorfose às avessas.

As razões legais para o processo de impeachment gritam no artigo 85 da Constituição, que versa sobre os crimes de responsabilidade do presidente. Basta ler os seguintes motivos constantes da Carta Magna para que o Congresso promova o processo de impeachment de Lula: atentar contra o livre exercício do Poder Legislativo, contra o livre exercício dos direitos individuais ou contra a probidade da administração. Seguem alguns exemplos ilustrativos.

No “mensalão”, fato que Lula tentou transformar em um pecadilho cultural da política brasileira, reside um grave atentado contra o livre funcionamento do Congresso Nacional. A compra de consciências não só interferiu na vida do Poder Legislativo como também demonstrou a disposição petista de romper a barreira entre a democracia e o autoritarismo, utilizando a máxima de que os fins justificam os meios.

Jamais as instituições bancárias estatais foram tão agredidas. O Banco do Brasil teve seu dinheiro colocado a serviço de interesse escusos; a Caixa Econômica Federal também, demonstrando que o sigilo bancário de seus depositantes foi posto à mercê da pilantragem política.

No escândalo dos Correios, mais que corrupção, foi posto a nu, além do assalto aos cofres públicos, um cuidadosamente urdido esquema de satrapias destinado a alimentar as necessidades pecuniárias de participantes da mesma viagem. Como costuma acontecer nesses casos, o escândalo veio à tona na divisão do botim.

Causa perplexidade, também, a maneira cínica com que o governo tenta se defender, usando todos os truques jurídicos para criar uma carapaça que evite investigações de suspeitas gravíssimas em torno do presidente do Sebrae, o generoso Paulo Okamotto, pródigo em cobrir gastos do amigo Lula -sem que ele saiba. Aliás, ele nunca sabe de nada…

Lula passará à história, além de tudo, como alguém que procurou amordaçar a imprensa com a tentativa da criação de um orwelliano “conselho” nacional de jornalismo e com uma legislação para o audiovisual, que tentou calar o Ministério Público pela Lei da Mordaça e que protagonizou uma pueril tentativa de expulsar do país um correspondente estrangeiro que lhe havia agredido a honra.

Neste momento grave, o Congresso Nacional não pode abdicar de suas responsabilidades, sob o perigo de passar à história como cúmplice do comprometimento irreversível do futuro do país. As determinantes legais invocadas para o processo de impeachment encontram, todas elas, respaldo nos fatos.

Mas, infelizmente, na Constituição brasileira falta uma razão que bem melhor poderia resumir o que estamos assistindo: Lula seria o primeiro presidente a sofrer impeachment não apenas pela prática de crimes de responsabilidade mas também pelo ímpar conjunto de sua obra.

* Fonte: Folha de São Paulo (via Argumento)

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4 Comments

  1. Vinicius

    Cuidado!!!

    A bola de neve está descendo a montanha…

  2. Excelente informação. Vou colocar no meu Blog também! Fora Lula!


  3. …tomemos cuidado!
    Pois devemos notar que as semelhanças do Lulla com outros líderes como Stalin, Fidel não estão no socialismo, mas sim no populismo*, o que o une também a Chaves, Evo morales…
    …tomemos cuidado!
    Pois mais distante no passado, mas não no estilo, o equipara a Mussollini e Hitler…
    ..tomemos cuidado!
    Pois os discursos inflamados com tom populista e supostamente em defesa das massas, porém de tom autoritário revelam o ditador que está por baixo da pele daquela “oncinha” como ele se auto-definiu…
    …tomemos cuidado!
    pois Celso Daniel e Toninho do “PT” continuam mortos mas TEM (necessitam) de ser desenterrados, ainda que se dance no congresso a dança da impunidade…
    …tomemos cuidado!
    pois algumas instituições parecem ter sido alugadas por este bando/corja/pseudopartidopolítico e trabalham nas campanhas (fracassadas) de tentativa de reeleição dos pequenos e grandes “Lulas” pelo nosso Brasil a fora…
    finalmente, tomemos cuidado!
    pois a democracia levou tempo para ser restaurada em nosso país, mas deve ser cuidada agora e diariamente…
    …tomemos cuidado!
    …porém, devemos agir!

  4. mané

    As vivandeiras de plantão realmente querem que o Geraldo do PSDB venda o resto do Brasil.
    Casoy e CIA são seus propagandistas.
    É uma vergonha!!!!!

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