blog do escritor yuri vieira e convidados...

Grupos econômicos + grupos políticos = não-desenvolvimento

Douglass North recebeu o Nobel de Economia em 1993. É um dos pais da Economia das Instituições, estudo obrigatório para quem quer discutir desenvolvimento a sério. Andou por aqui estes dias.

Prêmio nobel diz que mercado político no Brasil ‘não funciona’

N’O Estado: “O economista norte-americano Douglass North, prêmio Nobel de 1993, criticou o Fundo Monetário Internacional por fazer um ‘péssimo trabalho’ ao tentar impor uma receita global de desenvolvimento. ‘Seria melhor se desenvolvessem uma teoria melhor’, recomendou, referindo-se à necessidade de respeitar as diferenças culturas. North foi o palestrante da abertura do 19º Fórum da Liberdade, evento anual promovido pelo Instituto de Estudos Empresariais de Porto Alegre, para discutir temas políticos e econômicos. Defensor da sociedade de acesso – uma nova ordem na qual os grupos humanos, apesar de suas diferenças, se relacionam dentro de um ambiente de respeito à propriedade e ao Estado de Direito -, North entende que não existe uma fórmula única, mas a necessidade de fazer tentativas e erros dentro de cada cultura até que os países atinjam o desenvolvimento. O economista considera que a maioria dos países ainda vive no que chama de ‘estado natural’, aquele em que os grupos de interesses econômicos apóiam grupos políticos para depois obter proteção a seus negócios. ‘Ninguém gosta de concorrência e, se gostam, é só para os outros’, afirmou. Sobre o Brasil, North disse que o mercado político não funciona bem e a economia é ineficaz. Mas o País tem potencial. ‘Gosto do povo e não tanto das instituições (brasileiras)’, disse.”

(Via De Gustibus…)

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4 Comments

  1. Jamila

    Peraí… Pedro… essa sua publicação aí está indo na corrente que eu venho defendendo aqui nesse blog há tempos, à despeito das pedradas que recebo… Como assim o FMI é um elemento nocivo e o discurso dele é um simulacro???? O FMI é legal, eles são neoliberais!!!!

    E sabe como superar o oligopólio de empresários macumunados com pseudopolíticos??? Fortalecendo e legitimando as instituições do Estado. O problema do Brasil é a má formação do Estado, mas não é por isso que eu vou pensar em destituí-lo.

  2. Jamila,
    1) Não julgue o pensamento do North em cinco linhas.
    2) Uma coisa é dizer que o FMI está agindo errado, outra dizer que é um satânico agente do imperialismo capitalista neoliberal. Eu posso diser que vc agiu errado nisto ou naquilo, mas isso não quer dizer que eu esteja dizendo que vc é malvadona e deva deixar de existir.
    3) Se vc me conhecer melhor e deixar de ser tão chutadora de balde, vai possivelmente ver que concordamos em várias coisas e discordamos em diversas outras. A solução é: dimuinuir muito o tamanho e o poder do Estado, dar muito poder à sociedade civil organizada e ao mercado e também fortalecer o pequeno estado que deixarmos. Ideal e utopicamente, o Estado deve deixar de existir, mas isso é tarefa para muitas gerações adiante depois dessa confusão que criamos. Mas isso não resulta num mercado onipotente e onipresente e solução de tudo. O mercado é uma instituição importante entre muitas. Eu não sou um fundamentalista dos mercados, mas aprecio sua eficiência para muitas coisas. Nós não vivemos sem os mercados.

  3. Pô, Jamila, vc continua achando que a gente é “neoliberal”? Essa é boa. Eu tampouco já escrevi que o FMI é uma beleza ou uma malvadeza. É uma ferramenta, em geral muito mal usada, e isso por ser mais uma forma de centralismo, no caso econômico. É por essas e outras que vou agora dedicar um sonzinho pra vc, Jamila… 😉

  4. Jamila

    Pedro, me responda como manter uma sociedade coesa sem a presença do Estado. Daqui a alguns anos, décadas talvez, vamos fazer o quê? Nos organizarmos em ecovilas? Ate que seria legal, mas infelizmente o ser humano tornou-se uma praga tão grande sobre a Terra, que não dá pra organizá-los em pequenas comunidades.

    Eu concordo com algumas observações, em especial a de diminuir o tamanho da máquina estatal. Mas, para uma civilização ou sociedade existir, é preciso haver um centro de poder. Como eu não estou à fim de voltar aos tempos medievais, ou então ressucitar a monarquia, (a não ser que eu seja a Rainha, é claro) eu prefiro a democracia, que só existe se houver Estado.

    E para o Yuri, que anda sofrendo de amnésia, me aguarde, xuxu.

    Eu estou elaborando uma resposta tão criativa quanto aquele seu post do rádio. Heheheheh. Escorpiano.

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