Entrar num grande estádio de futebol desperta em mim um sentimento de reverência religiosa. Não é à toa que nos referimos a eles frequentemente como “templos”. Eu quase me curvo em respeito e ainda sinto no peito o mesmo entusiasmo que me tomava, menino, mão dada com meu pai, adentrando o templo dos templos, o Maracanã. Quem não vivenciou e não se arrepiou com o Maracanã lotado não viveu – as torcidas indo à loucura com a entrada dos times, o chão literalmente tremendo sob o peso da euforia de um gol de Zico.
Tão bom quanto torcer por um grande time, como o Flamengo, com sua tradição, suas massas e sua história (não vamos comentar o que se passa hoje), é torcer para um time de bairro, com sua tradição local, a camaradagem, o sentimento de vizinhança entre os torcedores e uma paixão que, de tão febril, é difícil explicar. É o caso do meu Atlético Clube Goianiense. Como explicar a loucura por um pequeno (mas orgulhoso e valente) time como o Dragão? Reerguido das cinzas após praticamente deixar de existir, massacrado pela rapinagem de cartolas de quinta categoria, cujos nomes não merecem sequer os bytes deste Blog, o ACG, em uma semifinal histórica, neste último domingo, goleou a Anapolina por 5 X 1 e segue para a final contra o Goiás. Se o campeonato fosse por pontos corridos, seríamos campeões disparados. Mas não há de ser nada.
O Serra Dourada virá abaixo nos dois próximos domingos!
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